Artista plástica, ex-aluna de Guignard. Maria Helena Andrés tem um currículo extenso como artista, escritora e educadora, com mais de 60 anos de produção e 7 livros publicados. Neste blog, colocará seus relatos de viagens, suas reflexões e vivências cotidianas.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
DANÇA DAS MARÉS
A arte, num
reencontro feliz de ética com estética, busca a reeducação do ser humano nos
diversos setores da sociedade. Escolhe os menos favorecidos como ponto de
referência e alarga os seus horizontes para dimensões maiores. Busca os espaços
onde a violência é uma constante, ali levanta o seu estandarte de paz. Exemplo
disto é o espetáculo de dança e música dirigido pelo coreógrafo paulista Ivaldo
Bertazzo. Ele foi apresentado no SESC Tijuca, no Rio de Janeiro em parceria com
o grupo UAKTI de Belo Horizonte.
A Dança das Marés foi inspirada na dança Kathakali, original do estado de Kerala, no sul da Índia. Ivaldo Bertazzo é estudioso da filosofia da Índia e de lá trouxe inspiração para essa coreografia. Na Índia, as apresentações de dança são acompanhadas ao vivo por um conjunto musical. Para esse projeto foram convidados dois mestres músicos da Índia a fim de orientar os jovens: um tocador de tabla e uma dançarina indiana de Kathakali, que permaneceram dois meses no Brasil. A dança da Índia expressa simbolicamente o desejo da alma individual de alcançar a Unidade com o infinito, ou a alma do Universo. Através da música e da dança, esse objetivo é alcançado e o estado de Ananda, ou Bem-aventurança, vivenciado pelo dançarino ou o musico, é transmitido à platéia.
No SESC Tijuca foi armado um palco semicircular, todo em tons de terra. O público, assentado nas arquibancadas, estava também dentro do imenso palco. Um tapete esticado no chão dava passagem para o público que subia os degraus da arquibancada, lotando o anfiteatro. Observamos o espaço, a sobriedade de recursos usada pelo cenógrafo, a iluminação e o núcleo reservado aos músicos, com os instrumentos do grupo UAKTI arranjados como uma instalação. No centro do palco, uma bola dourada se mantinha suspensa por um cordão de aço, como um enorme pêndulo reluzente. A dança seguia o ritmo dos tambores e flautas, harmonizando os passos com os sons dos instrumentos criados com tubos e marimbas. A Dança das Marés, com seus jovens componentes que moravam na favela da Maré, no Rio de Janeiro, nos fazia refletir sobre o papel da arte neste princípio de milênio.
A função da arte em sua essência é a transformação do ser humano. Essa transformação é obtida no próprio exercício da arte, no movimento que conduz o corpo de forma harmoniosa ao encontro de seu próprio self. Os iogues se tornam um com o universo através da meditação. Os músicos e dançarinos também realizam essa união, conjugando o movimento do corpo com a vibração do som. O encontro do Oriente com o Ocidente, que veio se processando de forma acelerada no final do século XX, tem agora a grande possibilidade de realizar a síntese planetária.
A Dança das Marés foi inspirada na dança Kathakali, original do estado de Kerala, no sul da Índia. Ivaldo Bertazzo é estudioso da filosofia da Índia e de lá trouxe inspiração para essa coreografia. Na Índia, as apresentações de dança são acompanhadas ao vivo por um conjunto musical. Para esse projeto foram convidados dois mestres músicos da Índia a fim de orientar os jovens: um tocador de tabla e uma dançarina indiana de Kathakali, que permaneceram dois meses no Brasil. A dança da Índia expressa simbolicamente o desejo da alma individual de alcançar a Unidade com o infinito, ou a alma do Universo. Através da música e da dança, esse objetivo é alcançado e o estado de Ananda, ou Bem-aventurança, vivenciado pelo dançarino ou o musico, é transmitido à platéia.
No SESC Tijuca foi armado um palco semicircular, todo em tons de terra. O público, assentado nas arquibancadas, estava também dentro do imenso palco. Um tapete esticado no chão dava passagem para o público que subia os degraus da arquibancada, lotando o anfiteatro. Observamos o espaço, a sobriedade de recursos usada pelo cenógrafo, a iluminação e o núcleo reservado aos músicos, com os instrumentos do grupo UAKTI arranjados como uma instalação. No centro do palco, uma bola dourada se mantinha suspensa por um cordão de aço, como um enorme pêndulo reluzente. A dança seguia o ritmo dos tambores e flautas, harmonizando os passos com os sons dos instrumentos criados com tubos e marimbas. A Dança das Marés, com seus jovens componentes que moravam na favela da Maré, no Rio de Janeiro, nos fazia refletir sobre o papel da arte neste princípio de milênio.
A função da arte em sua essência é a transformação do ser humano. Essa transformação é obtida no próprio exercício da arte, no movimento que conduz o corpo de forma harmoniosa ao encontro de seu próprio self. Os iogues se tornam um com o universo através da meditação. Os músicos e dançarinos também realizam essa união, conjugando o movimento do corpo com a vibração do som. O encontro do Oriente com o Ocidente, que veio se processando de forma acelerada no final do século XX, tem agora a grande possibilidade de realizar a síntese planetária.
Fotos da internet
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