segunda-feira, 27 de janeiro de 2020


OS MITOS HINDUS


Na antiga cultura da Índia, onde se acham misturadas arte, ciência, religião e filosofia, as mais variadas entidades são expressadas sob formas humanas ou simbólicas.
A família, como base da sociedade, vê-se representada nos mitos como uma projeção deste grupo social.

Shiva, o criador do Universo, muitas vezes aparece nas esculturas e pinturas com sua esposa e filhos, Ganesch e Subramanian, cada um com sua história própria.

Kali, deusa hindu em forma feminina, é relacionada com o tempo, que cria e destrói as coisas. Em seu aspecto terrível, destrói o ego das pessoas, a fim de promover sua evolução.

No culto das deusas femininas, a natureza é considerada como Magna Mater, e se desdobra em várias manifestações, representando aspectos e atributos naturais das leis que governam o mundo e os homens.

Assim, temos a deusa Lakshmi, simbolizando a boa fortuna, Parvati, a inteligência e capacidade inventiva e Saraswati, padroeira das artes, literatura e música.

Os deuses, muitas vezes, se encarnam em figuras humanas e Krishna foi um deles, conhecido como herói, pastor e músico. Com o tempo, a tradição o fez deus Planetário e atualmente, para algumas seitas, é a suprema Deidade regente do Universo.

O mais conhecido dos mitos hindus é o deus Ganesh (em sânscrito, aquele que pode tudo), curiosa criatura com corpo humano e cabeça de elefante. Diz a tradição que ele representa a onipresença da energia universal (prãna). (*) Ricardo Bolanos Valle (informação oral)

*Fotos da internet.

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terça-feira, 21 de janeiro de 2020


CAMINHOS INESPERADOS


Os fenômenos de sincronicidade acontecem com freqüência ao longo da nossa passagem por este planeta. Denominamos isto “acaso”, mas acho que tem uma energia vinda do cosmos para nos ajudar. Não projetamos, as coisas acontecem...

Como é que eu, uma artista plástica de Belo Horizonte, consegui ser incluída num Seminário na Índia, sobre os navegantes portugueses?
Francamente, foi um pouco de sorte, um pouco pelo estudo que estava fazendo, uma síntese “Oriente-Ocidente”?

Tudo isto contribuía, tenho certeza. O fato é que fui extraordinariamente ajudada pelo “acaso”.
Foi por “acaso” que encontrei em Bangalore com o marido da historiadora que estava organizando o seminário. Ele estava hospedado no Instituto Raman em Bangalore, onde eu acabara de chegar.

Dominique explicou para ele o meu projeto, que ele considerou de grande relevância.
_ “Maria Helena, me disse ela, volte para Bombay, procure por Father John Correa Alfonso, diretor da Universidade São Francisco Xavier, ele poderá ajudá-la.
Regressei a Bombay, procurei a Universidade, passei dias inteiros estudando o roteiro dos descobrimentos.

Me inscrevi no seminário e passei um ano me dedicando ao estudo dos navegantes. Foi muito prazeroso este estudo, desde que eu fui sempre interessada no assunto.

Viajar sozinha, sem acompanhante, passar também por acaso um mês em Ganeshpuri para refazer energias, tudo isto foi necessário para me preparar para a palestra.

O “acaso” sempre me conduziu e me levou a pensar que estamos aqui nesta Terra buscando cada vez mais seguir o destino de novas descobertas, conduzidas pela intuição.

Síntese “Oriente-Ocidente” ou “Intercâmbio Brasil-Índia”. Qualquer nome se encaixa direitinho no nosso roteiro pelo mundo à fora...

Transcrevo abaixo o sumário deste estudo, apresentado em palestras na Índia. Nas próximas postagens irei transcrever trechos de alguns capítulos:

I     - Brasil e Índia, frutos dos trópicos
II- Chegada dos portugueses na Índia e no Brasil
III- Expansão do Oriente, fusão de culturas
IV- O Barroco Mineiro e os templos Hindus
V- Artesanato Familiar
VI- Música Indiana e Música Ocidental
VII - Índia/ Brasil – Festivais, Carnaval
VIII- Influências e Intercâmbios
Adendo I - Navegação das Índias
Adendo II – Mitos Hindus

*Fotos de arquivo e da internet.

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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020



MEMÓRIAS DO GOLPE DE 30


Ainda me recordo como se fosse hoje, do “Golpe de Estado” promovido por Getúlio Vargas na década de 1930.

Eu era uma menina de 8 anos, papai era político muito conceituado (naquela época os políticos eram muito respeitados).
Papai, Euler de Salles Coelho fora presidente da Câmara em BH, eleito depois para o Rio de Janeiro como deputado federal.

Para uma criança de 8 anos, os lances da política começavam sempre na ressonância que os eventos externos traziam para a família.
Estávamos já radicados no Rio, morando em Botafogo e frequentávamos uma escola particular.

Lances de política, mudanças, idéias contrárias nos chegavam aos ouvidos e repercutiam nas mudanças radicais que sofríamos.

Naquela época não havia televisão, computador, celular, facebook ou whatsApp.

As mudanças aconteciam, as notícias nos chegavam na emoção das vozes:
“Getulio fechou o Congresso”
“O túnel de Copacabana está bloqueado”
“Há tropas nas ruas”
“Belo Horizonte está sitiada”

Papai teria de nos levar para a casa de nosso avô, pois ele, como deputado da oposição estava visado.

Saímos de casa à pé, carregando alguns pertences. Sempre havia a proteção da família e, no caso, a casa do avô, na mesma rua, era a nossa proteção.

Com o fechamento do congresso regressamos a Belo Horizonte, seguindo o drama de um pai desempregado com 4 filhos pequenos.

Foi nesta ocasião que o industrial Renée Gianetti convidou papai para ser o advogado da Metalúrgica Santo Antônio.

Voltamos às nossas origens de Belo Horizonte e ao Grupo Barão do Rio Branco.
Os parentes que ficaram em BH nos contaram também estórias de estarrecer. Tio Petrônio era dono de uma casa na rua Sta Rita Durão, com paredes largas à prova de balas. Ali ele abrigou a família inteira, tios e primos no porão da casa. As balas passavam na parte de cima, quebravam as vidraças. As mães e as crianças se refugiavam no porão.

Sempre as crianças sofrendo pelas atitudes dos mais velhos, pensava eu. Mas ficar todo mundo junto era também uma aventura a ser contada na história da família.

*Fotos de arquivo e da internet

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