sábado, 26 de junho de 2021

KHING, O ENTALHADOR

 



A história abaixo,encontrada no livro “A via de Chuang tzu” cujo autor é Thomas Merton, nos leva a boas reflexões sobre a integração do ser humano à Natureza.



“Khing, o mestre entalhador, fez uma armação para sinos,

De madeira preciosa. Quando terminou

Todos que aquilo viram, ficaram surpresos.

Disseram

Que devia ser obra dos espíritos.

O Príncipe de Lu disse ao mestre entalhador:

“Qual é o seu segredo?”

 

Khing respondeu: “Sou apenas operário:

Não tenho segredos. Há só isso:

Quando comecei a pensar no trabalho que me ordenaste,

Protegi meu espírito, não o desperdicei

Em ninharias, que não vinham ao caso.

 

Jejuei, a fim de pôr

Meu coração em repouso.

Depois de jejuar três dias,

Esqueci-me do lucro e do sucesso.

Depois de cinco dias

Esqueci-me do louvor e das críticas.

Depois de sete dias

Esqueci-me do meu corpo

Com todos os seus membros.

“nesta época, todo pensamento de Vossa Alteza

E da corte se esvanecera.

Tudo aquilo que me distraía do trabalho

Desaparecera.

Eu me recolhera ao único pensamento

Da armação do sino.

“Depois fui à floresta

Ver as árvores em sua própria condição natural.

Quando a árvore certa apareceu a meus olhos,

A armação do sino também apareceu, nitidamente,

Sem qualquer dúvida.

Tudo o que tinha a fazer era esticar a mão

E começar.

 

Se eu não houvesse encontrado esta determinada árvore

Não haveria

Qualquer armação para o sino.

“O que aconteceu?

Meu próprio pensamento unificado

Encontrou o potencial escondido na madeira:

Deste encontro ao vivo surgiu a obra

Que você atribui aos espíritos.” (Thomas Merton, A via de Chuang tzu, Editora Vozes, 1974)



*FOTOS DE ARQUIVO

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sábado, 12 de junho de 2021

RETRATO DOS ANTEPASSADOS

 

 




Encontrei nos meus arquivos esta foto e, através dela, fui me lembrando das histórias da família.

Na foto, todos estão enfileirados em torno de uma criança com rendas e babados, posando para o fotógrafo.

Vieram para o batizado do filho de tia Lolô e Tio Manuelzinho.

Em baixo, tio Manoelzinho e tia Margarida, seguidos pelos padrinhos, tio Rafael e vovó Carmem, que todos usamos chamar de vovó Nenen.

Tio Rafael foi meu padrinho, dois anos antes. Nesta foto não sou eu, é o filho de tia Lolô que morreu com dois anos de idade.

No momento dessa foto só vejo alegria, serenidade. O grupo posou no quintal da vovó Nenen, com uma jabuticabeira atrás de todos dando frutos.

Em cima, em pé, Euler e Nair, Clóris e Geminiano, Lucila e Walfrido, seguidos por pessoas que não conheço.

Em pé a figura da tia Lolô, muito linda e imponente, segurando o ombro de sua mãe e cercada dos jovens da família, que reconheço à direita como Afonso e tio Eduardo, nomes escolhidos entre santos e reis.

Todos posaram e se foram, só eu não apareço na foto porque fiquei para semente.

Todas essas pessoas que estão na foto, já passaram para outro plano. Convido os seus descendentes e demais pessoas que lerem esta postagem a rezarem por eles.

Abaixo estão as pessoas identificadas, na ordem da postagem:


           Tio Rafael, Vovó Carmem e o pequeno Fernando

                                       Euler e Nair

                                  Clóris e Geminiano

                                     Lucila e Walfrido

                       Tia Lolô e seu irmão João Paulo

Sentados embaixo: Tio Manuelzinho, casado com Tia Lolô e Tia Margarida, esposa do Tio Rafael

Do outro lado, embaixo : Afonso Magalhães e Tio Eduardo

As demais pessoas não foram identificadas.



Em outra foto, a vovó Carmem

FOTOS DE ARQUIVO

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