Este
depoimento de Ivana, extraído do seu diário de viagem, nos relata o contato que
tivemos com Ramon Garriga Miró, o jovem professor de estética da Universidade
de Madri. Naquela ocasião realizamos juntas uma exposição na Casa do Brasil em
Madri, inaugurada no retorno da nossa viagem à Índia.
“Ontem,
22 de abril de 1987, foi a inauguração de nossa exposição na Casa do Brasil.
Esteve
presente Ramon Garriga Miró, professor de estética da Universidade de Madri.
Foi logo dizendo uma porção de coisas sobre as pinturas de Maria Helena, que
coincidiam com o que ela pensava e queria transmitir. Chegou a se entusiasmar e
escreveu em seguida uma matéria para o jornal El País, principal jornal da
Espanha. Quer também que, na volta de nossa viagem a Portugal, ela faça uma
palestra durante sua aula. Prometeu também um contato com uma boa galeria para
uma mostra individual de Maria Helena no futuro.
Ramon
Miró, o professor de estética, havia combinado que Maria Helena faria na sexta feira uma palestra em uma de
suas aulas. Quando chegamos na quinta feira à Escola de Arquitetura, Ramon
estava nos procurando na Casa do Brasil. Mamãe falou em “portunhol perfeito”
sobre sua trajetória artística, enquanto Ramon fazia comentários diante de cada
slide. Seu entusiasmo era contagiante e transmitia energia para todos os
presentes. Não era possível recusar o convite para dar uma volta junto com
Ramon, pela região do Museu do Prado uma verdadeira aula de arquitetura e arte
que recebíamos ao vivo, deste jovem professor. Andamos pelas ruas de Madri à
noite, e a aula se estendeu até a madrugada. Foi uma experiência muito
gratificante.”
Em
seguida a este relato de viagem, anexo o texto de Ramon Garriga Miró para o
jornal El País:
“Maria
Helena Andrés es ya um despliegue personal y uma concepción del mundo en que se
juntan afinidades y raíces profundas telúrico-históricas-luso-hindú-brasilenas
com mandala incluido, como el SER de lós filósofos pré-socráticos, redondo él,
único, omnipresente, que descansa su luz en unos paisajes, terrestres y marinos
a la vez, de puesta de sol trágica, guerrero o bélico, tradicional y moderno,
ejemplificando lo mismo em el trazo, trazos pictóricos, de origen
barroco-romántico-expresionista, y em el uso de los colores fundamentales:
azul, rojo, amarillo, matizados soberanamente, a veces azules com matices de
verdes, los cuales expresan, comunican
com una dialéctica del Sí y el No, que el mundo es una sucesión de catástrofes,
luchas, de contrarios, y que el agua, el aire, el fuego y la tierra siguen
siendo los quatro elementos primordiales y únicos.”
(Ramón,
Garriga Miró, professor de filosofia de la Faculdad de Arquitectura de Madri,
23-4-87)
*Fotos
da internet e de arquivo
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