Relembrando o meu passado de viajante, selecionei
esta página do meu diário em 1978.
“Estou sozinha e, por incrível que pareça, não me
sinto só. Há um enfileirado de árvores em minha frente, bandos de pássaros
pousam em suas ramagens e levantam voo em disparada. Posso escutar da minha
varanda um concerto de pássaros. Sinto-me ligada a eles, estou livre , como um
passarinho.
Sou um desses pássaros, admiro tudo, porque tudo é
novo em redor.
Não existe o ontem, nem lembranças ligadas ao
passado. Existe o agora – Lá embaixo, vejo o movimento dos diversos blocos do
hotel – homens de saiotes brancos, entram e saem. Aqui parece ser um dos hotéis
mais freqüentados de Madras. No alto do quarto o ventilador roda, e eu me
ajoelho no chão para fazer a minha yoga. Neste momento eu me sinto ligada a
tudo fazendo parte de um todo indivisível.
Andando pelos caminhos da Índia, eu me deixava guiar
pela intuição. Sentindo as semelhanças existentes entre os povos e os
contrastes gerados pelas diversas culturas, observando como essas culturas se
comunicam, comecei a perceber que os seres humanos pertencem realmente a uma só
e única família.” (Diário de Viagem à Índia, 1978)
*Fotos da internet
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