sábado, 10 de fevereiro de 2018

ÍNDIA, VISÃO PANORÂMICA

 Os campos estendem-se em verdes macios. Ao longo da estrada, vão desfilando bicicletas, camelos, caminhões enfeitados de desenhos e cores. “Please horn”, (por favor, buzine) está escrito por detrás dos caminhões. Os indianos apreciam a buzina e, nós ocidentais seguimos viagem debaixo de sons e cores. Paramos para ver um campo de flores amarelas, camponesas indianas, véus transparentes, lembram quadros de Renoir e de Monet. As cores dos mestres impressionistas trouxeram para os museus um pouco do colorido das manhãs de primavera.

Na Índia, a simplicidade da vida possibilita apreciar a cada instante um novo quadro.
O transporte rural é feito de forma primitiva. O camelo segue vagaroso, carregando sacos e os burrinhos enfileirados transportam cimento. Tudo respira a harmonia natural daqueles que estão ligados com a natureza.

Debaixo de tendas de piaçava, uma família de artesãos fabrica o giz para as escolas. O pó branco é misturado com água nas bacias de argila, depois é manufaturado de forma primitiva. O processo de empacotar é simples, sem requintes. Paramos o carro para conversar com os artesãos e pudemos admirar a textura do giz de diversas cores, colocado a secar dentro de esteiras.

A Índia é um exemplo de arte estendida ao cotidiano. Há graça e leveza nas mulheres que lavam as varandas e preparam as casas para a festa de Holy. Nesse dia, fecham-se as lojas e em todas as vilas e cidades o povo se pinta de pós coloridos e joga tinta em cima dos carros e das pessoas na rua. Os rapazes cantam celebrando o festival e as moças preparam as casas para as comemorações. Nos becos estreitos da vila, as casinhas coloridas parecem cenários de teatro. Ali pudemos sentir a espontaneidade da arte nas ruas e, os personagens também somos nós, vindos do Ocidente, com máquinas de retrato a tiracolo. As crianças nos rodeiam curiosas, insistentes e o povo na calçada, vem admirar os estrangeiros.

A festa de Holy se assemelha ao antigo carnaval brasileiro, quando as pessoas preparavam águas coloridas dentro de limões. Esta tradição era típica do final do século 19 e foi substituída por confetes, serpentinas e lança perfumes.

*Fotos da internet


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