Os campos estendem-se em verdes macios. Ao longo da
estrada, vão desfilando bicicletas, camelos, caminhões enfeitados de desenhos e
cores. “Please horn”, (por favor, buzine) está escrito por detrás dos
caminhões. Os indianos apreciam a buzina e, nós ocidentais seguimos viagem
debaixo de sons e cores. Paramos para ver um campo de flores amarelas,
camponesas indianas, véus transparentes, lembram quadros de Renoir e de Monet.
As cores dos mestres impressionistas trouxeram para os museus um pouco do
colorido das manhãs de primavera.
Na Índia, a simplicidade da vida possibilita
apreciar a cada instante um novo quadro.
O transporte rural é feito de forma primitiva. O
camelo segue vagaroso, carregando sacos e os burrinhos enfileirados transportam
cimento. Tudo respira a harmonia natural daqueles que estão ligados com a
natureza.
Debaixo de tendas de piaçava, uma família de
artesãos fabrica o giz para as escolas. O pó branco é misturado com água nas
bacias de argila, depois é manufaturado de forma primitiva. O processo de
empacotar é simples, sem requintes. Paramos o carro para conversar com os
artesãos e pudemos admirar a textura do giz de diversas cores, colocado a secar
dentro de esteiras.
A Índia é um exemplo de arte estendida ao cotidiano.
Há graça e leveza nas mulheres que lavam as varandas e preparam as casas para a
festa de Holy. Nesse dia, fecham-se as lojas e em todas as vilas e cidades o
povo se pinta de pós coloridos e joga tinta em cima dos carros e das pessoas na
rua. Os rapazes cantam celebrando o festival e as moças preparam as casas para
as comemorações. Nos becos estreitos da vila, as casinhas coloridas parecem
cenários de teatro. Ali pudemos sentir a espontaneidade da arte nas ruas e, os
personagens também somos nós, vindos do Ocidente, com máquinas de retrato a
tiracolo. As crianças nos rodeiam curiosas, insistentes e o povo na calçada,
vem admirar os estrangeiros.
A festa de Holy se assemelha ao antigo carnaval
brasileiro, quando as pessoas preparavam águas coloridas dentro de limões. Esta
tradição era típica do final do século 19 e foi substituída por confetes,
serpentinas e lança perfumes.
*Fotos da internet
VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG “MINHA VIDA DE ARTISTA”,
CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA
Nenhum comentário:
Postar um comentário