Conhecemos pessoas originais ao longo das viagens.
Aquela australiana sentada ao meu lado, vai me contando suas experiências na
Índia. "O calor não nos maltrata, quando não nos colocamos contra ele..."
“Maria, fui fazer uma peregrinação onde só permitem
a entrada de homens, mas insisti e também subi o morro, 12 horas, debaixo de um
sol abrasador, com oferendas na cabeça, coco e sementes...”
Enquanto ela contava os episódios da subida,
lembrei-me de repente de Nossa Senhora da Penha, os devotos subindo as escadas
de joelhos, sobre bagos de feijão. Mas, como brasileiro dá um jeitinho para
tudo, uma penitente cozinhou o feijão e amarrou-o aos joelhos...
Agora a voz do guia explica: “esta é uma comunidade
de jacarés, “Madras crocodilo bank trust”.
Mr Whiteker desenvolveu este parque de proteção aos
animais. Viveu em Tâmil Nadu 22 anos.
Agora pisamos na areia e, por cima de um
muro de pedra podemos ver os crocodilos tomando sol, protegidos daqueles que
ambicionam sua pele para fazer bolsas, sapatos e cintos.
Estão ali à vontade,
curtindo a vida a que têm direito. A proporção é de 10 machos para 3 fêmeas e,
quando nascem os bebês, dos ovos enormes, são colocados em um departamento
especial para “recém nascidos”.
O ônibus corre pelas estradas, buzinando sem parar.
Por que buzinar tanto, se não tem quase nenhum tráfego, nesta estrada que vai
dar em Pondichery? Mas aqui na Índia, os motoristas insistem na buzina. (Trecho de Diário à Índia, 1990)
*Fotos da internet
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ARTISTA”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
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