"Num aparente clima de renúncia, ausência ou isenção, retiro-me
O caminho então se
faz, o caminho da ação e o caminho da inação.
Num estado que vai além, muito além,
Do que é dividido, além da própria divisão, retiro-me.
Entre atividade e reação, entre sonho e contemplação
Em união com algo indefinível, inominável,
retiro-me.
Paisagens
mostram formidáveis mutações.
E vejo nuvens colossais virarem gotas prateadas,
Véus finos de água oscilarem, flutuarem, quase
voarem.
Escondendo e mostrando a paisagem até tudo virar
cinza.
Cinza escuro, cinza claro, cinza rosado, cinza
violáceo.
Vasta teia de aranha que o vento vai deixando de
estremecer,
Vai deixando de tecer o momento, o movimento, a ação,
Para se tornar sol poente, em mil arco-íris sobre montanhas,
Em mil e uma faces que se alternam e se repetem.
Desvestem suas capas de nuvens, de luzes e de
sombras
E vestem mantos de veludo escuros, salpicados de lua
e de estrelas." (Ivana Andrés)
*FOTOS
DE MARIA HELENA ANDRÉS
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