quarta-feira, 12 de abril de 2023

ORIGEM DAS ESCULTURAS

 



As esculturas nasceram dos desenhos.

Em 1953, na minha exposição na Galeria do IBEU no Rio, o crítico Antonio Bento me sugeriu transformar os desenhos em esculturas de fio de ferro para alcançar o espaço tridimensional.

Escreveu ele: “Alguns desses desenhos possuem uma grande pureza linear. E são, ao mesmo tempo, de uma qualidade arquitetônica irrecusável. Lembram esculturas de fio de ferro, pela nitidez com que se erguem no espaço, parecendo feitas para uma vida mais transcendente que a do simples desenho em preto e branco. As últimas composições da artista denotam uma segurança que não se encontra em muitos dos nossos abstratos de maior experiência. E revelam também uma sensibilidade apurada.”

Naquela época eu não investi nas esculturas porque gostava das cores da pintura. Trabalhei com as cores até os painéis de grandes dimensões. Depois vieram novos desenho, em grandes dimensões, os desenhos gestuais. Eles nasceram da minha fase de Barcos de 1963 e foram ampliações desta fase.

Mas a grande virada veio no ano 2000, meu ponto de mutação. Foi quando surgiram as primeiras esculturas originadas de pequenos desenhos da década de 1950.

Na ocasião, eu observava o trabalho tridimensional de minha neta Elena que estudava arquitetura. Ela usava programas de computador para transformar o bidimensional em tridimensional. Fiquei animada a usar também o tridimensional para os meus desenhos.

Ali eu poderia ampliá-los para maiores dimensões , como foi sugerido pelo crítico Antonio Bento em 1953.

Os desenhos bidimensionais se tornaram tridimensionais. Elena construiu as primeiras maquetes e procuramos o Allen Roscoe que trabalhava para o Amílcar de Castro.

Com a colaboração do Allen, muitas esculturas surgiram.

Mais tarde busquei a forma redonda usando tiras de papel.

Foi importante este tipo de trabalho.

Foi necessário um despojamento completo das cores, através dos grandes desenhos para dar início às esculturas.

 

 

 

 

sexta-feira, 17 de março de 2023

ÁGUAS, EDUCAÇÃO, HISTÓRIA E ARTES

 


 


 

 

Águas, Educação, História e Artes

 

https://us02web.zoom.us/j/84572445205?pwd=NGs1dFp2MXdvRk15ZkFMSEpOVFRZdz09

 

Dia 20-3-2023 as 19h30 minutos – horário de Brasilia

 

Evento paralelo da Conferência da ONU sobre Água – 2023

 

 O Contexto

A Conferência  sobre a Água 2023, da ONU, é o mais importante encontro internacional sobre o tema, que interessa a todos na humanidade. Além da programação oficial, que acontece entre 22 e 24 de março em Nova Iorque, a ONU abriu a possibilidade de realização de eventos paralelos presenciais e virtuais.  Foram recebidas 1270 propostas e aprovados  148 eventos paralelos virtuais. Esses eventos tratam de uma grande variedade de temas relacionados às águas: o direito à água, o papel das mulheres e das comunidades indígenas, a gestão participativa das águas, aspectos tecnológicos e econômicos, questões de justiça hídrica e o acesso das populações ao abastecimento, entre muitos outros . (ver  todos eles no link  https://sdgs.un.org/sites/default/files/2023-03/Virtual%20final%20programme%20%282%29.pdf )

 

A proposta do evento paralelo virtual sobre Águas e Artes

Quase nenhum dos eventos paralelos aprovados focaliza a temática das artes e a relevância da linguagem artística para sensibilizar sobre as águas.

O Instituto Maria Helena Andrés (IMHA) organizou este evento paralelo à Conferência da ONU sobre  Água em 2023, para mostrar a importância da linguagem artística como instrumento para desenvolver o potencial criativo e sensibilizar para a ÁGUA. O evento conta com o apoio do Centro Cultural UFMG,  do Centro Especializado em Arte Ambiental – MHNJB-UFMG, das ongs planetapontocom, Instituto Undió e do projeto Entre rios e e ruas.

O programa previamente editado , com 58 minutos de duração, apresenta exemplos a partir do trabalho de artistas visuais, músicos, poetas, historiadores, educadores, arquitetos, fotógrafos, videomakers e ecologistas.

Na primeira parte, com 26 minutos, agrupamos as contribuições focalizadas na relação da Água com a Vida. Tomamos como exemplo as pinturas de Maria Helena Andrés e de Bax; o vídeo musical Água do grupo Voz & Poesia; o livro A Água fala de Maurício e Aparecida Andrés, ilustrado por MHA; as fotografias  de nuvens, de Maurício Andrés;  as músicas sobre água e nuvens de Artur Andrés;  vídeos  de Fabricio Fernandino (Aqua) e  João Diniz(Waterfeel). Apresentamos ações geradoras de hidroconsciência e de educação pela arte, realizadas com as crianças por Eliana e Maria Helena Andrés, que enfatizam a importância da arte como instrumento para desenvolver o potencial criativo de crianças, jovens e adultos.

 Na segunda parte, com 32 minutos,  apresentamos contribuições relacionadas com  histórias e narrativas que envolvem a morte e o renascimento dos rios. Ela se inicia com o vídeo de Fabricio Fernandino sobre O rio das Mortes. Mostram-se a hidroalienação nas tentativas de matar rios urbanos (hidrocídio)  por meio da poluição das águas e pelas  intervenções urbanas que os enterraram vivos debaixo do asfalto. Os projetos de Isabela Prado (Sobre o rio: Entre rios e ruas) e aquele coordenado por Thereza Portes- Instituto Undió (Nessa rua tem um rio), mostram que os rios se mantêm vivos na memória e ressurgem nas intervenções artísticas. Finaliza-se com as contribuições  focalizadas no renascimento dos rios urbanos por meio da hidroconsciência,  tais como as apresentadas no projeto educativo de Silvana Gontijo(Esse Rio é Meu– Cidades, salvem seus rios)  e no livro sobre a história do saneamento, intitulado A Epopeia do Saneamento de Márcio Santa Rosa e Aspásia Camargo.

Ao final das apresentações há um tempo para interação, mediado pelo vice-presidente do IMHA, João Diniz.

O evento será transmitido pelas plataformas Zoom e pelo YouTube, operados pela equipe da UFMG.

 

Realização

Instituto Maria Helena Andrés

 

Apoio

 

Entre rios e ruas



 

Instituto Undió



Centro Cultural UFMG



Centro Especializado em arte ambiental -MHNJB- UFMG

 

Planetapontocom


Evento paralelo aprovado pela ONU



WATER, EDUCATION, HISTORY, ART , UN 2023 WATER CONFERENCE

 





Waters, Education, History and Arts

 

Link Zoom and YouTube

https://us02web.zoom.us/j/84572445205?pwd=NGs1dFp2MXdvRk15ZkFMSEpOVFRZdz09

 

Day 20-3-2023 at 7:30 pm – Brasilia time

 

Side event of the UN Conference on Water – 2023

 

 

The Maria Helena Andrés Institute organized this side event of the UN Conference on Water in 2023, to show the importance of artistic language as a tool to develop  the  creative potential and raise awareness about WATER. We present the work of visual artists, musicians, poets, historians, educators, architects, photographers, videomakers and ecologists.

In the first part, lasting 25 minutes, we group the contributions focused on the relationship between Water and Life. We take as examples the paintings of Maria Helena Andrés and Bax; the musical clip video Água by the group Voz & Poesia; the book Water Speaks of Maurício and Aparecida Andrés, illustrated by MHA; photographs of clouds, by Maurício Andrés; the songs about water and clouds by Artur Andrés; videos by Fabricio Fernandino (Aqua) and João Diniz (Waterfeel). We present actions carried out with children by Eliana and Maria Helena Andrés, who emphasize the importance of art as a tool to develop the creative potential of children, young people and adults.

  In the second part, lasting 30 minutes, we present contributions related to the death and rebirth of rivers. It begins with Fabricio Fernandino's video about The river of Deaths. Hydroalienation is shown in attempts to kill urban rivers (hydrocide) through water pollution and urban interventions that buried them alive under the asphalt. The projects This street has a river (coordinated by Thereza Portes- Instituto Undió), and the work of Isabela Prado (Over/About the river: Between rivers and streets) show that rivers remain alive in memory and reappear in artistic interventions. This part ends with two contributions focused on the rebirth of urban rivers through hydro-awareness, such as those presented in the educational project Esse Rio é Meu by Silvana Gontijo, and in the book  The Sanitation Epic, by Márcio Santa Rosa and Aspásia Camargo.

 

Realization

Institute Maria Helena Andrés


 Support

 

Between rivers and streets



 

Undió Institute



 

 UFMG Cultural Center



 


 


Planetapontocom

 



UN approved side event