Minha neta, Alice Andrés, me enviou o
texto abaixo sobre Veneza, onde residiu por 6 meses:
“Ruas feitas de águas encantadas, de um
tom de verde que não se vê em nenhuma caixa de lápis de cor. Prédios recheados
de história e sonhos. Ar cheio de mistério e de promessas. Luz inigualável.
Pessoas atemporais. Veneza é uma cidade sem igual.
À primeira vista, Veneza parece um grande formigueiro de turistas - gente de todo o mundo e de todos os tempos, que busca em dois ou três dias desvendá-la. Correm de um lado para o outro, percorrem o circuito turístico Praça de São Marcos - Rialto - Biennale - Murano, tomam um Bellini no Harry's Bar ou um Spritz no Campo Santa Margherita, ouvem o gondoleiro de blusa listrada cantar, fotografam toda a superfície da cidade. Tudo é lindo, e vale a pena.
Mas é quando o olhar se acostuma ao cenário, que Veneza se revela e nos faz ver que somos muitos, mas somos um. Perdemo-nos por suas ruas - as de água e as de pedra - e, de madrugada, no inverno, quando a cidade dorme e está esvaziada de turistas, vemos que essa é uma cena que se repete através dos tempos, e que confirma a nossa coerência e humanidade.
É nesse momento que se consegue vislumbrar e compreender a história, os mistérios, os encantos, as promessas e a luz dessa cidade, e também nossa história, mistérios, encantos, promessas e luz. Cada viagem de qualquer ocidental à China remete às aventuras de Marco Polo na corte de Kublai Khan. Cada moeda trocada hoje remete ao sistema capitalista influenciado em grande medida por essa cidade, que foi uma das principais capitais comerciais do mundo. É nela que, olhando para a Praça de São Marco, poderíamos também proferir a frase de Napoleão Bonaparte, que a chamou de sala de estar da Europa. É ali que mesmo os mais céticos se curvam diante da magia da presença dos restos mortais de São Marcos e das pedras onde caminharam papas e pecadores. É onde se coloca e se tira a máscara. É quando se sente que, com toda aquela beleza e inspiração, fica claro porque VIvaldi pôde compor o que compôs. É quando se percebe a presença de promessas de amor repetidas através dos tempos, e a busca incessante pela perpetuação e materialização dos sonhos. É ali que se vê a mesma dependência - e, mais importante que isso, reverência - que lugares tão distantes como Veneza e Amazônia podem compartilhar por seus caminhos de água.
Somos muitos e somos um, e Veneza materializa isso.
À primeira vista, Veneza parece um grande formigueiro de turistas - gente de todo o mundo e de todos os tempos, que busca em dois ou três dias desvendá-la. Correm de um lado para o outro, percorrem o circuito turístico Praça de São Marcos - Rialto - Biennale - Murano, tomam um Bellini no Harry's Bar ou um Spritz no Campo Santa Margherita, ouvem o gondoleiro de blusa listrada cantar, fotografam toda a superfície da cidade. Tudo é lindo, e vale a pena.
Mas é quando o olhar se acostuma ao cenário, que Veneza se revela e nos faz ver que somos muitos, mas somos um. Perdemo-nos por suas ruas - as de água e as de pedra - e, de madrugada, no inverno, quando a cidade dorme e está esvaziada de turistas, vemos que essa é uma cena que se repete através dos tempos, e que confirma a nossa coerência e humanidade.
É nesse momento que se consegue vislumbrar e compreender a história, os mistérios, os encantos, as promessas e a luz dessa cidade, e também nossa história, mistérios, encantos, promessas e luz. Cada viagem de qualquer ocidental à China remete às aventuras de Marco Polo na corte de Kublai Khan. Cada moeda trocada hoje remete ao sistema capitalista influenciado em grande medida por essa cidade, que foi uma das principais capitais comerciais do mundo. É nela que, olhando para a Praça de São Marco, poderíamos também proferir a frase de Napoleão Bonaparte, que a chamou de sala de estar da Europa. É ali que mesmo os mais céticos se curvam diante da magia da presença dos restos mortais de São Marcos e das pedras onde caminharam papas e pecadores. É onde se coloca e se tira a máscara. É quando se sente que, com toda aquela beleza e inspiração, fica claro porque VIvaldi pôde compor o que compôs. É quando se percebe a presença de promessas de amor repetidas através dos tempos, e a busca incessante pela perpetuação e materialização dos sonhos. É ali que se vê a mesma dependência - e, mais importante que isso, reverência - que lugares tão distantes como Veneza e Amazônia podem compartilhar por seus caminhos de água.
Somos muitos e somos um, e Veneza materializa isso.
*Fotos de Alice Andrés
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DE ARTISTA”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
Ois, gostei muito do texto e das fotos.
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