segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

NOVAS DESCOBERTAS NO MEU CAMINHO

Quando voltei ao Brasil depois de uma viagem dos Estados Unidos, em 1961, a arte abstrata levantava bandeiras na Bienal de São Paulo, com o grande premio dado a Manabu Mabe. Eu trouxera dos americanos uma bagagem de impressões e vivências marcantes que definiam direções para o meu trabalho. Naquele mesmo ano, havia sido convidada a apresentar uma sala especial na Bienal, com desenhos em papel veludo, sugerindo veleiros. Voltara dos Estados Unidos com quatro exposições individuais no meu currículo, e uma acolhida amistosa pelos dirigentes de museus e galerias. Naquele momento, a Bienal significava a abertura para a fusão oriente-ocidente através da linguagem artística. Passei 1 mês em São Paulo percorrendo a Bienal. Parava diante dos quadros do japonês  Tessai, estudando sua vida e sua obra.
Ele de certo modo significava para mim o gosto pelas viagens, a aventura de percorrer muitas cidades, conhecer pessoas, falar línguas diferentes. Significava a emoção da pintura, a necessidade de expressar e também a reflexão, o silêncio e o vazio. Na pintura japonesa o vazio é necessário como é necessário este vazio para chegarmos à nossa vivência  de paz.
Tessai percorrera 10.000 milhas andando a pé pelo Japão e lera 10.000 livros. Sua pintura refletia algo mais que uma simples exposição emocional, mas convidava ao silêncio, a meditação.
Agora, revendo os meus passos no caminho, posso assegurar que este pintor japonês, foi realmente o grande exemplo que precisava encontrar naquele momento.
Atualmente, os meus passos pelas montanhas vão descobrindo em Minas, as paisagens do Japão.

Fotos de Maria Helena Andrés e da internet

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