Voltei à comunidade tibetana em busca do mestre que
me iniciou no Budismo em 1978. Chegamos no dia da celebração de Dharma Buda.
Frente à grande stupa branca, panos coloridos, impressos com sutras budistas,
balançavam ao vento. Passamos por uma multidão , acotovelando-se no mercado em
frente, onde os artesãos vendiam tapetes e bijuterias. Ignorando por completo a
aglomeração de pessoas, vacas, carros e bicicletas, velhos tibetanos
continuavam a fazer suas práticas diárias. Repetiam mantras, desfiando um
rosário de contas de sândalo denominado “mala” e rodeavam a stupa cento e oito
vezes, prostrando-se no chão em atitude de reverência.
Thrangu Rimpoche dava aulas de budismo e meditação e
continua recebendo os visitantes com o
mesmo sorriso franco de antigamente. A função do lama é abrir a consciência das
pessoas e tirá-las da ignorância.
“A hesitação de Buda de ensinar até que lhe pediram
com sinceridade para fazê-lo, enfatiza uma importante característica
disseminada em seus ensinamentos. Eles nunca são impostos aos outros contra a
sua vontade.
‘Estes ensinamentos são fantásticos! Por que vocês
não vêm juntar-se a nós?’
Também não envia discípulos às ruas para convencer
as pessoas de que são infelizes, oferecendo a salvação às que quiserem
juntar-se à eles. Os ensinamentos de Buda nunca foram apresentados dessa
maneira e a tradição tibetana ainda segue o costume de esperar até que alguém
peça para receber os ensinamentos”(Yeshe, Lama Thubten, Ensinamentos do Budismo
Tibetano)
A sabedoria dos lamas atravessa fronteiras e a
figura do Dalai Lama é respeitada pelo mundo todo. Lembrei-me do Dalai Lama no
Brasil, na Eco-92, falando sobre ecologia para milhares de pessoas dos diversos
países do mundo.
Em Bouddanath, no silêncio de um pequeno quarto de
mosteiro, Thrangu Rimpoche nos perguntava sobre o Brasi,l a floresta Amazônica
e o meio ambiente. Os lamas enxergam de forma muito ampla o sofrimento do mundo
e as consequências da ambição dos seres humanos, que destroem impiedosamente, a
natureza e que poluem o meio ambiente. Estão vendo de perto a poluição de
Kathmandu. O vale, anteriormente procurado por sua qualidade de vida, cada vez
mais mergulha na poluição. (Trecho do meu livro “Encontro com mestres no Oriente”)
*Fotos da internet
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ARTISTA”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
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