segunda-feira, 14 de novembro de 2016

BOUDDHANATH, COMUNIDADE TIBETANA

Voltei à comunidade tibetana em busca do mestre que me iniciou no Budismo em 1978. Chegamos no dia da celebração de Dharma Buda. Frente à grande stupa branca, panos coloridos, impressos com sutras budistas, balançavam ao vento. Passamos por uma multidão , acotovelando-se no mercado em frente, onde os artesãos vendiam tapetes e bijuterias. Ignorando por completo a aglomeração de pessoas, vacas, carros e bicicletas, velhos tibetanos continuavam a fazer suas práticas diárias. Repetiam mantras, desfiando um rosário de contas de sândalo denominado “mala” e rodeavam a stupa cento e oito vezes, prostrando-se no chão em atitude de reverência.

Thrangu Rimpoche dava aulas de budismo e meditação e continua  recebendo os visitantes com o mesmo sorriso franco de antigamente. A função do lama é abrir a consciência das pessoas e tirá-las da ignorância.

“A hesitação de Buda de ensinar até que lhe pediram com sinceridade para fazê-lo, enfatiza uma importante característica disseminada em seus ensinamentos. Eles nunca são impostos aos outros contra a sua vontade.

‘Estes ensinamentos são fantásticos! Por que vocês não vêm juntar-se a nós?’
Também não envia discípulos às ruas para convencer as pessoas de que são infelizes, oferecendo a salvação às que quiserem juntar-se à eles. Os ensinamentos de Buda nunca foram apresentados dessa maneira e a tradição tibetana ainda segue o costume de esperar até que alguém peça para receber os ensinamentos”(Yeshe, Lama Thubten, Ensinamentos do Budismo Tibetano)

A sabedoria dos lamas atravessa fronteiras e a figura do Dalai Lama é respeitada pelo mundo todo. Lembrei-me do Dalai Lama no Brasil, na Eco-92, falando sobre ecologia para milhares de pessoas dos diversos países do mundo.

Em Bouddanath, no silêncio de um pequeno quarto de mosteiro, Thrangu Rimpoche nos perguntava sobre o Brasi,l a floresta Amazônica e o meio ambiente. Os lamas enxergam de forma muito ampla o sofrimento do mundo e as consequências da ambição dos seres humanos, que destroem impiedosamente, a natureza e que poluem o meio ambiente. Estão vendo de perto a poluição de Kathmandu. O vale, anteriormente procurado por sua qualidade de vida, cada vez mais mergulha na poluição. (Trecho do meu livro “Encontro com mestres no Oriente”)

*Fotos da internet


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