segunda-feira, 13 de março de 2017

AULA DE ARTE NA ÍNDIA

 Vinte e cinco meninos nos saúdam quando vamos almoçar no Bhojanasala. São pobres, vestem-se de calças verdes.

“Good morning, madam”. Os dentes muito brancos estão sorrindo, os olhos brilham. Lembro-me do avanço nas bolinhas de gude. Cinquenta mãozinhas pedindo as bolas. Três para cada um. Alguns tiraram cinco, depois devolveram. Fizeram Shiva Dance no domingo, cheio de estrelas, trabalho em conjunto.

Minha filha está ensinando pintura para eles. Fizeram trabalhos lindos. Quem sabe um desses meninos não virá a ser um segundo Krishnamurti? Krishnamurti também foi um deles. Morou aqui, comeu no chão como estas crianças, andou de bicicleta, jogou bolinha de gude, cantou hinos para Ganesh, rezou para Buda, Krishna, Cristo, exatamente como ensinam aqui. A sua aura era tão linda que Anne Besant e Leadbeater o destacaram.

Krishnamurti foi criado em Adyar e a vibração das árvores o protegeu. Agora as crianças cantam também em coro, um deles no meio, batendo o compasso. Dançam. Imaginem, “vocês tem nas mãos as estrelas, vão criar o universo...” Eles fecham os olhinhos concentrados, as mãos cheias de bolinhas de gude. A sala é enorme e o espaço cósmico está sendo preenchido por quinze meninos em círculo. Os outros cantam. Mas, criança reage do mesmo jeito, quer na Índia ou no Brasil.

Quando a última estrela caiu no chão, houve avanço geral. Queriam as bolinhas... Tive de entrar na dança cósmica e distribuir três para cada um.

*Fotos de arquivo e da internet

VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG “MINHA VIDA DE ARTISTA”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA


Nenhum comentário:

Postar um comentário