segunda-feira, 4 de junho de 2018

VIAGEM DE TREM - ÍNDIA


Retirei do meu diário de viagens à Índia, o relato abaixo:

"Cinco horas da madrugada em Jaipur. Deveríamos tomar o trem das 5 e meia, reservado na véspera.
Avisaram-nos: “Tomem assento “na marra”. A lei é de quem grita mais alto”

That’s Índia!

Chegamos sem lugar certo. Só aquele “puleiro” sem janelas, compartimento reservado às malas ou aos sacos de batatas.

No escuro da madrugada, o primeiro impacto da falta de conforto.

A necessidade de transporte é muito grande e os mais pobres querem viajar nem que seja sobre o teto do trem.

Um homem alto, barba grisalha se aproximou. Pelas características, deveria ser muçulmano. Alojou-nos em sua cabine. Foram 10 horas de viagem, o suficiente para descobrir que somos todos irmãos. Não existe separatividade nem de raça, nem de credo.

A Índia nos possibilita conscientizar esta unidade. Ficamos amigos. Ele veio de longe, de Calcutá. Viaja com o filho, a nora e o neto e reservou 2 cabines, uma para a família, a outra para ele. É comerciante e chama-se Sarail.

Duas heranças importantes que os ingleses deixaram na Índia: as estradas de ferro e a língua inglesa." (Trecho de viagem à Índia, anos 90)



No Brasil, as estradas de ferro foram desativadas na década de 50, dando lugar às estradas de rodagem.
Elas permaneceram apenas para transporte, na maioria das vezes, de minério de ferro.
Nossas fazendas são cortadas por estradas de ferro, que levam nossas montanhas para outras terras.

*Fotos da internet

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