Retirei do meu diário de viagens à Índia, o relato abaixo:
"Cinco horas da
madrugada em Jaipur. Deveríamos tomar o trem das 5 e meia, reservado na
véspera.
Avisaram-nos:
“Tomem assento “na marra”. A lei é de quem grita mais alto”
That’s
Índia!
Chegamos sem
lugar certo. Só aquele “puleiro” sem janelas, compartimento reservado às malas
ou aos sacos de batatas.
No escuro da
madrugada, o primeiro impacto da falta de conforto.
A
necessidade de transporte é muito grande e os mais pobres querem viajar nem que
seja sobre o teto do trem.
Um homem
alto, barba grisalha se aproximou. Pelas características, deveria ser
muçulmano. Alojou-nos em sua cabine. Foram 10 horas de viagem, o suficiente
para descobrir que somos todos irmãos. Não existe separatividade nem de raça,
nem de credo.
A Índia nos
possibilita conscientizar esta unidade. Ficamos amigos. Ele veio de longe, de
Calcutá. Viaja com o filho, a nora e o neto e reservou 2 cabines, uma para a
família, a outra para ele. É comerciante e chama-se Sarail.
Duas heranças
importantes que os ingleses deixaram na Índia: as estradas de ferro e a língua
inglesa." ( Trecho de viagem à Índia, anos 90)
No Brasil,
as estradas de ferro foram desativadas na década de 50, dando lugar às estradas
de rodagem.
Elas
permaneceram apenas para transporte, na maioria das vezes, de minério de ferro.
Nossas
fazendas são cortadas por estradas de ferro, que levam nossas montanhas para
outras terras.
*Fotos da
internet
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