Os sonhos não acabam,mas se prolongam na memória do tempo.
O tempo se encarrega de realizar nossos sonhos e
projetá-los para o futuro. Nós somos o passado, nossos filhos, netos e bisnetos
são o futuro. Hoje, véspera dos 100 anos do Luiz Andrés, vou falar dos nossos
netos e bisnetos. Luiz, aqui estão eles, prolongando nossos sonhos e dando-lhes
vida longa.
Nossos netos, foram meus incentivadores.
Sua energia prolongou aquilo que plantamos como
semente.
Aos poucos vou percebendo esse prolongamento. É o
Joaquim, pequenino na Índia, incentivando Aparecida, sua mãe a escrever um
livro e me incentivando a ilustrá-lo.
É Teresa, minha neta mais velha, criando esculturas
de pau de picolé e um fogão de papelão que serve para cozinhar feijão com a
energia do sol...
Ela me deu um de presente, coloquei-o no porta malas
do meu carro, virado para o sol da manhã.
Deixei algumas horas e o feijão cozinhou mesmo!
Roberto e Teresa criaram o Ponto de Cultura em Entre
Rios de Minas. Dali surgiram artistas, músicos, professores.
Alexandre, prolongando a flauta do Artur, faz sua
música ecoar pelo Retiro e pelas veredas do Campo das Vertentes.
Às vezes, nesta pandemia, ele vem tocar para mim.
Senta no banquinho do gramado e homenageia a avó, que está de quarentena.
As esculturas
também não surgiram do nada, mas de Elena, uma neta criativa que estava
estudando o 3D em aulas de arquitetura.
Eu observava aquela magia de transformar o
bidimensional em tridimensional e daí surgiu a ideia das esculturas.
Os netos são mais inventivos do que nós.
Agora irei falar dos meus bisnetos.
Assisti uma aula on-line proferida por meu bisneto Otto,
de apenas 10 anos de idade, uma aula sobre bioma e ecossistemas, como um
prolongamento das pesquisas do Maurício.
Tudo vai surgindo como um sonho, um prolongamento da
vida.
A própria vida se encarrega desta transformação e,
no sorriso dos netos e bisnetos, assistimos a alegria que a criatividade proporciona aos seus
criadores.
Observar o movimento da vida é a tarefa que agora
recebi como uma dádiva vinda do cosmos. Não somos donos de nada, apenas
observamos e criamos!
Dentro dessas lembranças vejo Sofia e Rafaela, filhas
de minha neta Joana, cantando ao microfone num
aniversário de criança. Vejo também um vídeo de Clarice, a primeira
bisneta carioca, dançando dança indiana.
Em outro vídeo, Lorenzo, bisneto paulista, dança e marca
o compasso com as mãos.
Essas lembranças me passam como um filme. Agora, assisto
a criançada pintando quadros, tanto na fazenda quanto no Rio e em Belo
Horizonte.
Vejo Cora e Cecília sujas de tinta na fazenda em
Entre Rios de Minas e Luisa e Gabriel no alto das montanhas do Rio, criando
grandes quadros.
Pedro, Olívia, Rosa Maria, Antônia, Gabriel, Vitor,
Cora, Cecília e talvez outros bisnetos em breve irão participar de um
grande painel coletivo as ser realizado na
fazenda Luiziânia, onde criei meu atelier rural.
Esta turma de pequenos artistas chegou de surpresa
trazendo um presente para a Bisa: um calendário, ilustrado por eles, com pássaros
da fazenda da Barrinha. Uma joia que muito me emocionou. Esta coleção de
pássaros está agora em frente à minha mesa de jantar.
Lembro também que Olívia, filha do Manuel,
representou de forma admirável, num vídeo da Rede Globo! Até na Globo chegaram
os meus bisnetos artistas!
Há 2 meses nasceu Joaquim,o meu bisneto mais jovem,
filho da Chica. Vamos ver qual das artes ele vai escolher...
Aos poucos, o
espaço vai sendo preenchido com
espontaneidade e arte.
Criar livremente é a proposta das crianças que, com
grande entusiasmo, vão produzindo outras formas e outras cores...
Assim a vida vai se desenvolvendo ao longo do tempo.
*FOTOS DE ARQUIVO
VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG “MINHA VIDA DE
ARTISTA”,CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
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