sábado, 23 de outubro de 2021

JEQUITINHONHA V

 




PALHAÇOS

Aglomeração na praça

Radio Pam tocando

Anuncia a chegada

Do bando de artistas

A sensação é de se estar

Num circo ambulante.

Onde se chega há destaque

E muita admiração.

As crianças chegam logo.

“Nunca vi tanto menino

Sair desses buraco tudo...”

Os palhaços se reúnem

Pintando a cara.

Maquiagem no gramado

Sob olhares assombrados

Das crianças.


Vocês, crianças, que vivem

No mundo da fantasia,

Venham olhar os palhaços.

A cidade é um grande circo.

“O que é isto, Dona?”

Isto é gente de teatro.

“Uai, mas a gente não paga?”

Aqui não corre dinheiro,

Tudo é de graça mesmo.

É como o sol do poente,

Que a gente vê sem pagar

É como olhar para a lua

Que nos dá tanta alegria

Sem cobrar nenhum tostão.

A alegria dos palhaços

 E os dias de criação

São de graça.

Não se cobra

Para ver essas coisas, não.

IMAGINANDO VENDO REBOCOS



Dos rebocos de uma casa

Empilhados sobre o chão

Nascem caras de palhaços.

Das pedras do caminho

Vermelhinhas, redondinhas,

Escória de turmalinas,

Mil bonecos vão surgindo...

Criando a gente desperta

Para novas invenções.

E, quando as calamidades

Aparecem pela frente,

Sabemos como enfrentá-las

Sem ficar quieto, esperando

Que os outros pensem por nós.









 

*FOTOS DE PAULO JORDANO

*ILUSTRAÇÕES DE MARIA HELENA ANDRÉS

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