PALHAÇOS
Aglomeração na praça
Radio Pam tocando
Anuncia a chegada
Do bando de artistas
A sensação é de se estar
Num circo ambulante.
Onde se chega há destaque
E muita admiração.
As crianças chegam logo.
“Nunca vi tanto menino
Sair desses buraco tudo...”
Os palhaços se reúnem
Pintando a cara.
Maquiagem no gramado
Sob olhares assombrados
Das crianças.
Vocês, crianças, que vivem
No mundo da fantasia,
Venham olhar os palhaços.
A cidade é um grande circo.
“O que é isto, Dona?”
Isto é gente de teatro.
“Uai, mas a gente não paga?”
Aqui não corre dinheiro,
Tudo é de graça mesmo.
É como o sol do poente,
Que a gente vê sem pagar
É como olhar para a lua
Que nos dá tanta alegria
Sem cobrar nenhum tostão.
A alegria dos palhaços
E os dias de
criação
São de graça.
Não se cobra
Para ver essas coisas, não.
IMAGINANDO VENDO REBOCOS
Dos rebocos de uma casa
Empilhados sobre o chão
Nascem caras de palhaços.
Das pedras do caminho
Vermelhinhas, redondinhas,
Escória de turmalinas,
Mil bonecos vão surgindo...
Criando a gente desperta
Para novas invenções.
E, quando as calamidades
Aparecem pela frente,
Sabemos como enfrentá-las
Sem ficar quieto, esperando
Que os outros pensem por nós.
*FOTOS DE PAULO JORDANO
*ILUSTRAÇÕES DE MARIA HELENA ANDRÉS
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ARTISTA”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
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