“Estamos chegando daqui e
dali
E de todo o lugar que se tem
pra partir”
O casamento de Fernanda e
Joaquim Pedro em Florianópolis ilustrou bem essa música de Edu Lobo. Realmente
chegou gente de todos os cantos do mundo: de Minas, do Rio, de São Paulo, de
Brasília, do interior de Santa Catarina, dos EUA, de Londres e até da Espanha e
da Polônia.
O hotel à beira da praia
ficou lotado com os convidados e o jovem casal conquistou a todos reunindo em
Floripa as duas famílias. Foi o grande acontecimento do ano. Voamos sobre
montanhas e mares.
Assisti a montagem dos arranjos
ornamentais da festa, naquele hotel na Ponta das Canas, na costa norte e que
ocupa uma situação privilegiada na ilha onde se situa Florianópolis, capital do
estado de Santa Catarina.
O mar, muito sereno, chegava
pertinho de nós, levando e trazendo memórias e lembranças. Eu via flores de
cerejeira colocadas no teto entre dosseis brancos. Uma estátua de Buda meditava
serenamente no meio da agitação. Por coincidência, naquele dia da primeira lua
cheia de maio, quando ocorreu o casamento, comemorava-se no mundo todo, o dia
de Buda.
“Olha a lua lá no céu,
iluminando o casamento”, exclamou Juliana, a netinha de Vanessa.
Quando começou a cerimônia,
sentei bem na frente, ao lado da outra avó, de Florianópolis. A decoração de
flores se estendia por todas as partes, como um cenário colorido, de frente
para o mar. Foi escolhido o horário do por do sol e logo em seguida surgiu no
céu a lua cheia. Ao longe se via o continente e os barcos de pescadores e, mais
perto, podia-se ouvir o som das ondas do mar batendo nas pedras atrás do altar.
Flores e mais flores coroaram a festa e formaram guirlandas sobre o altar. Um
tablado foi armado para as danças numa pista construída sobre a piscina. Ali
houve musica e dança até as 2horas e 30 da manhã, comandadas pela disk jockey
Sininho BHZ, de Belo Horizonte. Foram armadas tendas brancas por todo o salão e
numa delas uma massagista fazia massagem nos pés dos convidados. Experimentei e
gostei muito dessa iniciativa.
Voltando a viagens do
passado, relembro Pepedro na Índia há mais de 30 anos atrás, muito loirinho,correndo
pelos corredores do hotel em Bangalore. Ficou amigo dos hóspedes e garçons,
tirava fotos com eles. Muitos anos depois, numa das minhas viagens, um garçon
se aproximou : “Onde está o seu neto?Tenho um retrato dele...” Acontece que o
menino cresceu, voltou para o Brasil, depois se formou em economia na
Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Hoje esse menino, que é o meu
primeiro neto, está se casando em Florianópolis, lugar lindo.
Relembro também os casamentos na Índia, que
sempre eram celebrados nos hotéis, permitindo a todas as famílias participarem
da festa no local onde se hospedavam. Havia gente chegando de todos os lados e
as famílias se encontrando para a formação de uma nova família.
Casamentos na Índia são
importantes, o noivo chega a cavalo, coberto de pedrarias. As festas se
prolongam por três dias e três noites com muita música, dança e alegria.
No livro de Pepedro nos
caminhos da Índia, desenhei o menino Pepedro assistindo a uma dessas
cerimônias. Aparecida, mãe de Pepedro, descreveu o casamento indiano: “na frente, a banda de música; depois, um cavalo
branco de capa bordada em brilhos com o noivo todo enfeitado. Atrás vinham os
convidados, em roupas chiques, de gala, alegremente cantando, fazendo a festa
na rua. Enquanto isso a noiva se aprontava.” Percebo as semelhanças e
contrastes entre os dois países, separados por muitos mares. O casamento de Pepedro
e Fernanda foi celebrado no hotel, numa cerimônia que nos lembrava os
casamentos na Índia.
Festejemos Joaquim e Fernanda
com a alegria que existe no coração de todo brasileiro, eles merecem.
*Fotos de Jared Windmuller,
Sininho BHZ e Marília Andrés.
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