sexta-feira, 11 de maio de 2012

CASAMENTO DE JOAQUIM PEDRO E FERNANDA I


“Estamos chegando daqui e dali
E de todo o lugar que se tem pra partir”

O casamento de Fernanda e Joaquim Pedro em Florianópolis ilustrou bem essa música de Edu Lobo. Realmente chegou gente de todos os cantos do mundo: de Minas, do Rio, de São Paulo, de Brasília, do interior de Santa Catarina, dos EUA, de Londres e até da Espanha e da Polônia.

O hotel à beira da praia ficou lotado com os convidados e o jovem casal conquistou a todos reunindo em Floripa as duas famílias. Foi o grande acontecimento do ano. Voamos sobre montanhas e mares.
Assisti a montagem dos arranjos ornamentais da festa, naquele hotel na Ponta das Canas, na costa norte e que ocupa uma situação privilegiada na ilha onde se situa Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina.
O mar, muito sereno, chegava pertinho de nós, levando e trazendo memórias e lembranças. Eu via flores de cerejeira colocadas no teto entre dosseis brancos. Uma estátua de Buda meditava serenamente no meio da agitação. Por coincidência, naquele dia da primeira lua cheia de maio, quando ocorreu o casamento, comemorava-se no mundo todo, o dia de Buda.
“Olha a lua lá no céu, iluminando o casamento”, exclamou Juliana, a netinha de Vanessa.
Quando começou a cerimônia, sentei bem na frente, ao lado da outra avó, de Florianópolis. A decoração de flores se estendia por todas as partes, como um cenário colorido, de frente para o mar. Foi escolhido o horário do por do sol e logo em seguida surgiu no céu a lua cheia. Ao longe se via o continente e os barcos de pescadores e, mais perto, podia-se ouvir o som das ondas do mar batendo nas pedras atrás do altar. Flores e mais flores coroaram a festa e formaram guirlandas sobre o altar. Um tablado foi armado para as danças numa pista construída sobre a piscina. Ali houve musica e dança até as 2horas e 30 da manhã, comandadas pela disk jockey Sininho BHZ, de Belo Horizonte. Foram armadas tendas brancas por todo o salão e numa delas uma massagista fazia massagem nos pés dos convidados. Experimentei e gostei muito dessa iniciativa.

Voltando a viagens do passado, relembro Pepedro na Índia há  mais de 30 anos atrás, muito loirinho,correndo pelos corredores do hotel em Bangalore. Ficou amigo dos hóspedes e garçons, tirava fotos com eles. Muitos anos depois, numa das minhas viagens, um garçon se aproximou : “Onde está o seu neto?Tenho um retrato dele...” Acontece que o menino cresceu, voltou para o Brasil, depois se formou em economia na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Hoje esse menino, que é o meu primeiro neto, está se casando em Florianópolis, lugar lindo.
 Relembro também os casamentos na Índia, que sempre eram celebrados nos hotéis, permitindo a todas as famílias participarem da festa no local onde se hospedavam. Havia gente chegando de todos os lados e as famílias se encontrando para a formação de uma nova família.
Casamentos na Índia são importantes, o noivo chega a cavalo, coberto de pedrarias. As festas se prolongam por três dias e três noites com muita música, dança e alegria.
No livro de Pepedro nos caminhos da Índia, desenhei o menino Pepedro assistindo a uma dessas cerimônias. Aparecida, mãe de Pepedro, descreveu o casamento indiano: “na  frente, a banda de música; depois, um cavalo branco de capa bordada em brilhos com o noivo todo enfeitado. Atrás vinham os convidados, em roupas chiques, de gala, alegremente cantando, fazendo a festa na rua. Enquanto isso a noiva se aprontava.” Percebo as semelhanças e contrastes entre os dois países, separados por muitos mares. O casamento de Pepedro e Fernanda foi celebrado no hotel, numa cerimônia que nos lembrava os casamentos na Índia.

Festejemos Joaquim e Fernanda com a alegria que existe no coração de todo brasileiro, eles merecem.

*Fotos de Jared Windmuller, Sininho BHZ e Marília Andrés.

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