domingo, 20 de maio de 2012

ÍNDIA, PASSADO E PRESENTE


 Estamos a caminho do Taj Mahal, uma das maravilhas do mundo. Procuramos entrar em contato com o povo que vive nas cercanias do grande monumento histórico. Sabíamos que o mausoléu fora construído pelo imperador mongol Shah Jahan, em memória de sua esposa Mumtaz Mahal (Favorita do Palácio).
Nossa peregrinação está sendo realizada com o intuito de documentar o momento presente. Os arredores do Taj Mahal vão nos oferecendo uma visão panorâmica da Índia.
Os campos estendem-se, em verdes macios. Ao longo da estrada, vão desfilando bicicletas, camelos, caminhões enfeitados de desenhos e cores. “Horn please” (Buzine, por favor) está escrito por detrás dos caminhões. Os indianos apreciam a buzina e nós, ocidentais, seguimos viagem debaixo de sons e cores. Paramos para ver um campo de flores amarelas, onde camponesas indianas, com véus transparentes, lembram quadros de Renoir e de Monet.
Na Índia, a simplicidade da vida nos possibilita apreciar a cada instante um novo quadro.
O transporte rural é feito de forma primitiva. O camelo segue vagaroso carregando sacos e os burrinhos enfileirados transportam cimento. Tudo respira a harmonia natural daqueles que estão ligados com a natureza.
Debaixo de tendas de piaçava, uma família de artesãos fabrica o giz para as escolas. O pó branco é misturado com água nas bacias de argila, depois manufaturado de forma primitiva. O processo de empacotar é simples, sem requintes. Paramos o carro para conversar com os artesãos e pudemos admirar a textura do giz de diversas cores, colocado a secar dentro de esteiras.
A Índia é um exemplo de arte estendida ao cotidiano. Há graça e leveza nas mulheres que lavam as varandas e preparam as casas para a festa do holi. Nesse dia, fecham-se as lojas e em todas as vilas e cidades o povo se pinta de pós coloridos e joga tinta em cima dos carros e das pessoas na rua. Os rapazes cantam celebrando o festival e as moças preparam as casas para as comemorações. Nos becos estreitos da vila as casinhas coloridas parecem cenários de teatro. Ali pudemos sentir a espontaneidade da arte nas ruas e os personagens também somos nós, vindos do Ocidente, com câmeras fotográficas a tiracolo. As crianças nos rodeiam, curiosas, insistentes, e o povo na calçada vem admirar os estrangeiros.

*Fotos de Marília Andrés e da internet

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