Chegamos a uma sala enorme, circular, com vários
cilindros de água, em tamanhos variados, cada um emitindo um som diferente. Ali
as águas choravam e gemiam, motivadas pela escassez de água que já ameaça
afligir o planeta. Escassez e enchentes, a água está rolando, provocando
tragédias. Ninguém percebe que a água é
viva e é dela que depende nossa vida no planeta. A água tem sido a grande
preocupação dos ecologistas, e naquela exposição, ela emitia seus sons, criando
música. Fiquei muito tempo ouvindo a música das águas, com os fones de ouvido.
As pessoas passavam, olhavam , iam embora, mas eu me sentia bem com aquela
música da natureza, vinda de dentro de cilindros de vidro, onde uma gota d’água
ia pingando e mudando as notas. Não sei quanto tempo ali fiquei sentada,
ouvindo aquela música vinda do gemido das águas, só sei que entrei ali muito
cansada e sai relaxada.
O grupo “Grivo” é criativo, sempre inventando uma
coisa diferente. A Arte Contemporânea permite esta diversidade e a exposição
deste grupo de Minas é um exemplo.
Fui ver as outras salas, onde um violão tocava
música sozinho e também aquela engrenagem de muitas rodinhas, todas vibrando
como o presépio de Pipiripau. Fui
conduzida às memórias de infância, aos brinquedos de criança que papai nos
trazia do Rio de Janeiro com rodinhas se movimentando. Agora, na mesma avenida
Afonso Pena, onde morávamos na infância, volto para apreciar na Oi Futuro as
invenções deste grupo de artistas. Relembro Paulo, meu irmão e suas criações
neste campo do lúdico. Acho que a minha admiração pela arte e tecnologia vem
dos meus tempos de criança e de minha admiração pelas invenções de meu irmão.
Arte e tecnologia, arte e ciência, estão sendo estimuladas agora na Arte
Contemporânea. Revivendo o passado, sentindo o presente e sonhando com o
futuro, é o que estou podendo fazer neste momento.
*Fotos de Elena Andrés Valle
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ARTISTA”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
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