segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

MEU CAMINHO NA BUSCA DA INTEGRAÇÃO

Na década de 50 comecei a escrever o livro “Vivência e Arte” mais tarde editado pela Agir, um pequeno ensaio sobre arte, arte moderna e arte sacra.
A linguagem escrita seguia paralela à linguagem pictórica, mente e emoção buscando uma expressão em comum.
Em 1970 uma viagem em torno do mundo fechou para mim o primeiro circulo de investigações. Um grupo de assistentes sociais dirigia-se à Expô 70 no Japão e eu me inscrevi naquele roteiro turístico por facilidade de preço.
Aquela viagem foi para mim o fechamento de uma de uma grande mandala onde o mundo inteiro estava sintetizado, e também a abertura para novas buscas na arte e reflexões.
A série de mandalas, de minha pintura teve inicio depois desta viagem, onde o Japão seria para mim o núcleo de integração Oriente-Ocidente. Mas nesta mesma viagem, fui tocada pela mensagem da Índia. “Viemos de uma essência e a ela vamos retornar, todos nós homens, animais e plantas”.
Já não era apenas a integração do planeta, mas o retorno a Essência de onde viemos e para onde vamos. A Índia, celeiro da espiritualidade abria-se para mim como cântico de luz, um lugar onde eu me sentia em paz como se estivesse em meu país de origem.
A síntese Oriente – Ocidente e a integração planetária estão dentro de nós mesmos, no equilíbrio do lado direito e esquerdo de nosso cérebro, razão e intuição.
A harmonização destes dois aspectos de nossa individualidade torna-se cada vez mais uma necessidade no campo da consciência.
E, quando arte e vida se encontram, poderemos dizer como Isadora Ducan quando foi entrevistada por um jornalista “Eu danço a minha vida”.

*Fotos de arquivo

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