Este planeta tão pequeno, despertando debaixo do
mesmo sol, faz produzir na terra a mesma vegetação. Olhando pela janela do trem
que nos leva a Machu Picchu, vejo a cidade em baixo, cercada de montanhas, e a
vegetação rasteira, nativa, produzindo as mesmas flores amarelas do Retiro das
Pedras, lírios, palmas e até a famosa cicuta, erva daninha tão perigosa desde
os tempos de Sócrates.
Ao longo da estrada, as casas de adobe servem de
moradia para o povo do campo e pode-se ver o barro amassado em cubos e
recoberto de grama para secar.
Montanhas surgem, cobertas de neve, no meio do verde
e do céu azul, enquanto o trem vai seguindo num vai e vem, descendo a montanha.
Machu Picchu e Anapicchu são duas pedreiras,
semelhantes ao nosso Pão de Açúcar. A maior delas, Machu Picchu, simbolizava “o
mais velho gerando sabedoria” e a menor, Anapicchu, “o mais jovem, doando
energia”.
URUBAMBA
Vale sagrado dos Incas, é um rio que desemboca no
Amazonas, com patamares recobertos com húmus, vindos de outros planos.
O rio de águas barrentas segue os acidentes do
caminho. O trem acompanha o rio entre a monumentalidade das montanhas. Pequenos
veios de água, riachos, pedras, cactos, pitas, acácias, formam o tapete natural
de flores que acompanham o caminho do rio. Há musgos diferentes, nunca vistos,
descendo as montanhas, eucaliptos plantados pelo homem, torres elétricas
levando o progresso.
Ao redor das cidades existem aldeias autossuficientes
que plantam batata, cevada, lentilha, mostarda, milho etc. As casas de adobe se
distribuem pelas áreas de terra recortadas geometricamente, como as fazendas
europeias. Aqui o dinheiro não é necessário para as primeiras necessidades,
pois vivem de trocas.
OLANTAITAMBO
Lugar sagrado dos Incas, foi construído com grande
sentido estratégico, como uma fortificação. Hoje é um dos lugares mais
conhecidos pelos turistas. Dois teares enormes e os tecelões trabalhando, pai,
mãe e filhos no mesmo ofício. Fazem cenas típicas do Peru.
TEMPLO DO SOL
Os incas tinham uma visão cósmica, adoravam e
rendiam culto ao sol, à lua e às estrelas, ao arco íris, trovão e relâmpago.
Chamavam a terra de mãe – Pachamamma - e
prestavam culto à terra, à água e aos animais. Havia em cada mês do ano
homenagens a um diferente deus. O calendário tinha 12 meses e 365 dias. Em
julho havia uma grande festa especial em homenagem ao deus Sol.
OBELISCO TELLO
Pertence aos períodos mais antigos de Chavin, 1000
a.C., e representa uma divindade complexa, conectada com a terra, a água e
todos os elementos vivos da natureza. Em seu corpo existem homens, aves,
serpentes, felinos etc; e o monstro divino deles se alimenta.
Esse obelisco tem semelhanças com os desenhos
encontrados nos vasos chineses.
DANÇAS PERUANAS
Conhecemos no Hotel Bolívar, em Lima, um empresário de um grupo folclórico de danças do Peru.
Segundo ele, existem 3000 danças folclóricas diferentes no Peru. As roupas
lembram o Nepal e se assemelham às danças dos cossacos russos.
*Ilustrações de Maria Helena Andrés
VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG “MINHA VIDA DE ARTISTA”,
CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA
Nenhum comentário:
Postar um comentário