Quatro homens vestidos de “opa vermelha” vão subindo
a ladeira, carregando a imagem de um santo. É São Sebastião, o mártir cristão
que morreu coberto de flechas dos soldados romanos. Ele também era um soldado
convertido e foi um mártir dos primeiros tempos do cristianismo. Hoje São
Sebastião sobe a ladeira em triunfante procissão. O sol está quente, mas o povo
da cidade acompanha o cortejo cantando ladainhas e repetindo Pai Nossos e Ave
Marias.
São Sebastião de Águas Claras é um lugarejo próximo
a Belo Horizonte, mas conserva tradições do passado e as festas populares são
famosas, agregando todos os municípios vizinhos. A banda de música exibe
instrumentos reluzentes, que brilham ao sol do meio dia. Os músicos também
brilham e a cidade é refletida nos espelhos dos trombones. O padre está à
frente, as mulheres enfeitam de bandeirinhas a pequena igreja do século XVIII,
que se vê adornada nesta manhã festiva.
Minas Gerais promove esses encontros populares,
sempre com a ajuda de crianças, jovens, idosos, homens e mulheres.
Vem gente de longe carregando brindes para o leilão
– que é realizado em benefício da igreja. “Quem dá mais?”
Os brindes são feitos em casa, nos fogões à lenha.
Leiloa-se tudo, ferros de passar, sanduicheiras, panelas, pratos deliciosos,
farofas, feijoadas, doces, pudins, bolos, galinhas, patos e leitões, ovos e
leite.
O cortejo seguiu até o alto do morro e o artista
local, Ivan Volpi, cedeu para a festa um estandarte representando São Sebastião
crivado de flechas.
Depois, cada um vai comemorar o domingo com almoços
regados a vinho e cerveja.
*Fotos da internet
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