Há no Japão uma tendência para a disciplina que se
manifesta desde a infância.
As casas são limpas, não há desordem, o espaço é
livre sem móveis. A criança desenvolvida dentro desse ambiente de ordem, cresce
condicionada a uma estrutura que se revela através de seu comportamento:
atravessa a rua sozinha, mesmo que tenha pouca idade, e tem iniciativas de
adulto.
Naturalmente, sua arte reflete este comportamento
disciplinado.
A criança japonesa revela nos desenhos, muita
sensibilidade e precocidade. Parece adulta.
Percorro uma exposição que se inaugura à tarde no JP
Art Center. Há desenhos magníficos entre os jovens expositores adolescentes.
O japonês preocupa-se com o problema da arte na
educação; várias escolinhas funcionam, não somente em Tokyo, como em outras
cidades.
Há um intercâmbio com o Brasil e o mundo.
O diretor do Art Center mostra-nos sua coleção
internacional de desenhos infantis, e entre eles posso ver alguns da escolinha
de Arte do Brasil e do Atelier Livre de Arte no Rio de Janeiro.
Na volta, vejo bandos de crianças pelas ruas, camisa
branca e chapéu azul marinho, uniforme geral de crianças e adolescentes que
estudam. Assim uniformizadas elas percorrem os parques da cidade, os museus,
dirigem-se aos colégios.
Kyoto, antiga
capital do Japão, foi preservada pela aviação americana durante a guerra: seus
palácios, cuidadosamente conservados, cercados de jardins, lembram o passado
dos antigos senhores da terra, com 30 mulheres e mais de 150 filhos, vivendo
debaixo do mesmo teto.
Tiram-se os sapatos para percorrê-los. No assoalho
da varanda, do principal palácio de Kyoto, o ruído de nossos pés ressoa como
gorjeio de pássaros. Há um engenhoso mecanismo no subsolo, cuja finalidade era
a de anunciar a chegada do inimigo.
No salão despojado de móveis, o poderoso senhor está
sentado, enquanto cinco mulheres lhe servem chá. A cena é reconstituída em
figuras do tamanho natural, vestidas com quimonos coloridos.
*Fotos da internet
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ARTISTA”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
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