Todos vocês,
Pensando em todos. Estamos longe mas muito perto.
Quando vemos coisas lindas, nos lembramos de vocês. Seria tão bom se pudéssemos
ver tudo isto juntos!
Estamos voltando de um casamento indiano. Entramos
de penetra, Eliana e eu, atraídas pelas luzes e a música. O noivo entrava à
cavalo, com turbante, feito um príncipe de mil e uma noites. O cavalo todo
coberto de mantas bordadas de pedrarias. Tudo brilhava em volta. As árvores com
luzinhas como árvores de Natal, as mulheres com sáris bordados de dourado e
contas. Fomos entrando, de calças compridas, máquina à tiracolo, sem perceber
que estávamos completamente fora do ambiente. Mas os indianos são amabilíssimos
com os estrangeiros. Participamos da festa, ofereceram-nos frutas, doces, café
e ...laranjada com sal!
“Vê se arranja uma sem sal pra nós, pedimos ao
garçon”. Fizeram uma especial. Cercaram-nos; queriam saber como são os
casamentos no Brasil, se os noivos vão morar com os pais. Aqui fazem “Join
family”.
Mas é tudo tão diferente que nem dá para explicar, só vendo. A noiva
vem de vermelho, recebe guirlandas de rosas, flores amarelas. Depois sentam-se
os 2 no chão debaixo de uma tenda de flores e os convidados sentam-se também
sobre tapetes persas. O padre canta, as senhoras cantam. Os noivos comem,
bebem, um fogo aceso no chão, vários potes com folhas e sementes. O casamento
se realiza quando amarram a faixa do noivo no sári da noiva. Os pais também
amarram os dedos. As famílias estão juntas. Correm potes cheios de rupias e
amarram o dinheiro na faixa do noivo (para ter sempre cheio). A gente não
entende nada. É deslumbrante, cheia de imprevistos esta festa de casamento...
Vou despedir, são quase 3 horas da madrugada. A festa terminou às 2 e é aqui no
hotel onde estamos. Abraços,
Helena
*Fotos de arquivo
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ARTISTA”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
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