Cecilia Caram, minha
sobrinha, esteve em Giromagny, cidade dos antepassados do meu marido. A origem
da família é na França, cidade de
Masevaux, e depois em Giromagny, a 3 hs de Strasbourg, na região da Alsácia.
Ali está preservada e habitada a casa Andrès, na Grande Rue 6.
Abaixo está um relato
da Cecília.
“Depois
de 2 trens e 1 ônibus saindo de Strasbourg, passando por zonas de cultivo,
vinhedos e castelos, chego à acolhedora e linda cidadela de nosso bisavô,
atualmente com 3200 habitantes, terra sonhada pelos que não puderam conhecê-la
a não ser por cartões postais fotografados e impressos pelo único irmão de
nosso bisavô, Edouard, e depois seus filhos e netos.
Situada nas montanhas
dos “Vosges”, é rica por suas bacias d´água, e preserva as fontes onde
lavadeiras se reuniam no passado.
A chegada em Giromagny
impacta pela fonte Louis XV, edificada em 1758, em torno da qual a cidade foi
sendo planificada, localizada bem na pracinha central e pela
suntuosa antiga “Casa dos Mineradores”
de ferro, prata e cobre que deram por centenas de anos empregos na
cidade.
Vou tomar um café e na
parede se encontram fotos antigas, com o escrito “imprinterie Andrès”. Nesse momento, sinto um grande impacto, uma
sensação familiar, e a certeza de que valeu a pena chegar ali. Eu sentia o
cheiro das árvores de plátano e pisava em terra onde nossa família plantou a
sua!
Como era muito cedo, aguardo em frente uma
loja de flores e artesanato local se abrir.
Stephanie, “La
fleuriste”, me escuta, e me ajuda a
localizar a prefeitura. Parece mentira, pois quando olhei para o balcão, me
chamou atenção o vídeo que ia mostrando
como um filme fotos antigas da cidade. Novamente, outro impacto, pois são
muitas as de autoria de nosso tio bisavô Edouard. Senti acolhida e parte da história onde estão nossas raízes.
A casa dos ANDRÉS está
intacta, na Grande Rue 6 , bem atrás da Igreja gótica local, também um ponto
turístico. Ao lado, uma enorme árvore
abriga um quadrado dedicado aos heróis, mortos de guerra.
A casa, ao nível da
rua, foi livraria da família, cafeteria e banco. Vendida, hoje é habitada por
uma família local.
Fui à prefeitura ,onde
Marie -Noelle Marline, chefe do patrimônio histórico, me recebeu com
entusiasmo: mais uma “cidadã de origem francesa local”, e logo me levou para
sua casa, abriu o computador e aos poucos fui me assustando com o primor dos
arquivos dos CENSUs desde 1770, com toda a genealogia digitalizada, em letras
caligrafadas.
Ali estava a história de nossas origens,
década por década, dados de nascimento, falecimento, profissão. Ela solicitou
que enviasse os dados atualizados de nossa família no Brasil, pois a França se
prima pelo patriotismo também expresso dessa forma.
Caminhamos pela igreja
e até o cemitério, com mapa na mão,
considerado outro ponto turístico,e onde pude ver localizada a lápide da família : Cruz grossa de cimento,
cravada em chão coberto de musgo, atrás de outro monumento aos mortos de
guerra, bandeira hasteada e reverenciada com ritual anual pelos estudantes das
escolas locais.
Com toda a papelada em
mãos, fotos e mapas, genealogia e escritos traduzidos do diário de nosso
bisavô, agradeço ainda a nosso primo Alberto Andrés, pelo esforço de aos
poucos, muito antes da era digital, escrever a cartórios, paróquias,
prefeituras, rastreando informações, as quais recolhi com minha mãe que sempre
aguardava ansiosa por ter acesso a cada uma que chegava por correio...
Aqui as incluo nesse
relato para o blog de nossa tia Maria Helena (96 anos), querida como minha mãe
“adotada por escolha”, e que convidou-me a compartilhar essa experiência em seu
blog.”
*Fotos de Cecília Caram
e da internet.
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BLOG “MINHA VIDA DE ARTISTA”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA
Especial participar do blog da tia. O convite me alegrou, sensibilizou e fortaleceu nossos forte vínculo. Obrigada.
ResponderExcluir"Vira e mexe" alguns descendentes de nossa família tem necessitado escrever sua história de família e compartilhá-las nos deveres de casa de HISTÓRIA ou da nova disciplina "Inteligência emocional e relacional", inspirado nos estudos do cientista Daniel Goleman. O blog de tia Helena Andrès agora contem essas isformações para futuras pesquisas. Parabéns, tia.
ResponderExcluirEspecial particiar do blog da tia. O convite me alegrou, sensibilizou e fortaleceu nosso forte vínculo. Obrigada.
ResponderExcluirOlá meninas, lendo o relato de vocês fiquei emocionada. Sou casada com um descendente dos Andrés e estive lá em 2013, 2014, 2015 e 2017. Gostaria muito de entrar em contato com vocês? Qual é o vosso e-mail?
ResponderExcluirecologizar@gmail.com
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