Dou nesta postagem, continuidade ao meu relato sobre minha visita a Ganeshpuri em 1990.
Fiquei num quarto no primeiro andar por causa da
coluna. Somos 4 mulheres dormindo no andar térreo e poderia chamar o dormitório
de enfermaria, pois cada um tem um problema. Há uma japonesa ao meu lado que
dorme sem parar, há uma francesa de Lyon, acorda de madrugada, arruma a cama,
coloca o retrato da Gurumai e Muktananda, sai para meditar em silêncio.
No ashram existe uma atmosfera de encantamento. Há
música, mantras cantados desde a madrugada, quando ainda os pássaros não
começaram a despertar.
Há pessoas de todas as idades, velhos, jovens,
crianças, bebes recém nascidos.
O curso intensivo de abertura de Kundalini aconteceu
de repente, simplificado – Om, Nama Shivaya, cantado da manhã à noite.
Os efeitos da Shakti vieram à tona em diversas
pessoas. Visões, luzes, sons internos e sobretudo muita paz e amor.
A consciência do Ser está dentro de nós e a cada
instante é possível contatá-lo. É só mover nossa atenção para o nosso interior.
Viemos para este encontro conduzidos por nossa
estrela. Estamos preparados.
“Quando o discípulo está pronto o mestre aparece. O
mestre está dentro de nós, mas é preciso acordá-lo para que seja nosso guia
pelos caminhos da vida. A função do guru é dinamizar esta energia. Tirá-la de
seu adormecimento.
Vamos continuar viagem, quem sabe o que está sendo
reservado para nós daqui para frente?
Tocar a vida, senti-la a cada instante, seja ele de
prazer ou dor – enfrentar os momentos difíceis os dias de incerteza, as horas
de angústia. Tudo está dentro de nós e a Shakti despertada nos ajudará a reconhecer
a beleza de cada instante.
Encontrei Swami Alakshananda mexendo um caldeirão na
cozinha. “Pretendo ficar aqui até o fim de minha vida”.
*Fotos da internet
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