Maria, a mãe, foi a jovem Gurumai logo ao início da
viagem. Sob a guarda da energia Shakti, conduzidos por ela, seguimos caminho,
enfrentando todas as dificuldades necessárias para a caminhada, desde o calor
excessivo do sul da Índia, ao frio intensivo dos Himalaias.
Percorremos a trilha dos devotos e dos “jnanas”,
sempre conscientes de que , para se realizar a totalidade é importante conhecer
tudo, para depois fazer a entrega de todos os conhecimentos e experiências.
É necessário o Deus Interno, o Self, encontrado no
silêncio do ser, para depois também entregá-lo na redenção final.
É preciso sofrimento, paciência, desapego, atenção
total.
Aqui estamos prontos para a entrega final, que seria
a morte do passado, não apenas intelectualmente, mas vivencialmente. Não apenas
numa experiência mística, induzida por um momento de êxtase, mas a consciência
de que a vida é, para qualquer ser humano, uma Via Sacra. Os passos da Paixão
são nossos passos, a condenação, o julgamento, a cruz sobre os ombros
percorrendo o caminho, o encontro com as mulheres (energia feminina) a ajuda de
Cirineu (energia masculina), a queda (os obstáculos), novamente a retomada para
o encontro no alto da montanha. Neste momento, teremos de fazer nossa entrega
total.
Estamos conscientes disto, o passado precisa morrer
para que haja ressurreição.
(Trecho de meu diário de viagem, 1990)
*Fotos da internet
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