segunda-feira, 30 de setembro de 2019

ÍNDIA, BANGALORE


Cheguei a Bangalore animado por reconectar as raízes. De cara, Bangalore me pareceu muito mais desenvolvida que as outras cidades indianas. As ruas estão em melhor estado, os prédios mais modernos, o transito mais civilizado.
A cidade é cheia de jardins construídos na época dos ingleses. Parece um pouco com Belo Horizonte, com seu jardim botânico, bulevares verdes e clima ameno. As pessoas são muito amáveis e gentis. O Secretariat, um prédio governamental enorme onde está escrito "Government Work is God's Work" é imponente e bonito.
De cara fui ao Hotel Harsha, onde fiquei com meus pais em 1977. O hotel se transformou em um prédio de luxo, sem muito charme. Também procurei minha antiga escola Blue Bell, que depois soube ter mudado de nome, dono e endereço.
O desenvolvimento da cidade é impressionante. Ha prédios moderníssimos, parques tecnológicos, complexos corporativos enormes. A cidade é considerada o vale do silício indiano, onde se concentram as maiores empresas de tecnologia. Lembrou-me um pouco a China e seus parques industriais.
Fui a bons restaurantes - um chinês chamado Aromas of China e outro Japonês chamado Harima - e conheci Vinod Vyasulu, amigo de meu pai. O Vinod é uma figura muito gentil e engraçada, lembrou bem dos tempos de 1977. Fomos a um jantar juntos com ele e sua esposa Pornima.
Fui também a Mysore, onde vi o belo palácio construído pelo Marajá ha cem anos. A arquitetura é grandiosa e muito ornamentada, com cores fantásticas, belas esculturas e pinturas. As inúmeras abobadas enfeitam o palácio, que hoje é parte museu parte residência do Marajá atual.
Fui também a Kenchankuppe, aldeia que meu pai pesquisou em 1977. A aldeia pequena abriga 700 casas e é supersimpática. Visitei o bar, a escola e lá conheci o diretor. Fui "atacado" por 100 crianças perguntando de onde eu era, o que fazia... O diretor reclamou não ter livros. Resolvi correr a Bangalore, comprar uns 100 livros e material de ensino e fazer lá uma mini sala de leitura. Voltei depois de 2 dias para inaugura-la e o diretor ficou muito comovido. As crianças se aglomeraram, cada uma com um livro em mãos, e fizemos uma grande festa. Falei que era uma homenagem a meu pai que havia trabalhado ali!
Gostei muito de Bangalore, da cidade, das pessoas. A influência inglesa é muito grande. Os jardins fazem dela uma cidade agradável, limpa e oxigenada. E a modernidade é claramente retratada nos prédios e bairros como Whitefields e Electronic City, cheias de empresas de tecnologia.
Segui para Varanasi depois de 5 dias, já com saudades....
Fotos de Joaquim Pedro e de arquivo
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