segunda-feira, 2 de setembro de 2019

ÍNDIA, NOTAS DE VIAGEM DE JOAQUIM PEDRO




 Compartilho com meu neto Joaquim Pedro, personagem do livro “Pepedro nos caminhos da Índia”, seu retorno àquele país depois de 30 anos. Naquela época Joaquim tinha 2 anos de idade e em 2007, 31 anos. Joaquim acompanhou a família em 1977, voltando em 2007 também com um grupo familiar. O texto abaixo, bem como as próximas postagens, são trechos do diário do Joaquim. Com a palavra, Joaquim Pedro, companheiro de 2 viagens à Índia.
“Apenas uma pequena nota para dizer que, para os que querem uma experiência única de conhecer uma cultura totalmente diferente da nossa, a Índia é um prato cheio. Uma viagem que começa com o choque inicial da precariedade e do caos indiano aos poucos se transforma numa apreciação profunda dessa cultura rica e milenar. A Índia não permite julgamentos rasos, e a viagem é para os que têm mente aberta e estomago forte.
Ao contrario da China, que impressiona e assusta logo no primeiro instante, a Índia é descoberta aos poucos e a admiração cresce com a profundidade do conhecimento. Os contrastes são enormes - das cores do Rajastão ao safari  urbano de Delhi, dos ashrams de Rishikesh à hospitalidade portuguesa de Goa,  da modernidade de Bangalore e Bombaim à cultura milenar de Varanasi. Palácios  se misturam com favelas. Vacas, elefantes, macacos e camelos se misturam com  gente. O espetáculo do crescimento - que aqui realmente acontece - contrasta com a miséria vista a olho nu.
O constante é mesmo o povo indiano, sempre gentil, cordial, simpático, e  atencioso. A pobreza econômica, pior que a brasileira, é sempre acompanhada  da nobreza de espírito. Na há espaços para violência e a convivência  pacifica com outros e com a natureza é um habito solidificado. O indiano nos recebe como irmãos,  nos acolhe e nos ensina. Temos muito que aprender com
eles.
 DELHI

As primeiras impressões aqui tem sido de muita gente, muita pobreza e muita confusão. Ontem fizemos um passeio por Old Delhi, entre becos, lojinhas e macacos no topo dos prédios. Nas ruas, elefantes, camelos e vacas.
Ontem também fomos ao monumento a Gandhi e à mesquita local. As tradições hindus, muçulmanas e sikhs se misturam. Fomos também a um palácio parecido com o Taj Mahal que veremos, dentro de dois dias, em Agra.
Amanhã seguimos para Jaipur e Agra. O tempo nos tem ajudado - um friozinho apesar de chuvas esporádicas - e o nosso minibus com guias tem sido uma mão na roda.
Aqui as coisas na área de educação funcionam bem diferente. A maior discrepância é o foco enorme deles em tecnologia que é mesmo o motor de empregabilidade do país. Custo barato, alta especialização, bons salários.”

*Fotos de Joaquim Pedro e da internet

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