domingo, 28 de fevereiro de 2021


 

PROJETO CAMINHO DAS ARTES

 

Recebi de Ivana Andrés o texto abaixo, de autoria de Ana Carolina Novaes, redatora do Informativo infoIMHA e do site do IMHA.

“Toda criança desenha, constrói, experimenta e transforma o uso dos objetos com uma liberdade e uma criatividade notável. Criar é a primeira linguagem do homem que lhe permite assimilar as experiências vividas e traduzi-las. A criatividade é uma manifestação inata aos seres humanos, cuja espontaneidade se perde, em geral, com a socialização. A arteterapia, ou arte expressão, que é o uso da arte como base de um processo transformador, visa estimular o crescimento interior, abrir novos horizontes e ampliar a consciência do indivíduo sobre si e sobre sua existência. Utiliza a expressão simbólica, de forma espontânea, sem preocupar-se com a estética, através de modalidades expressivas como: pintura, modelagem, colagem, desenho, tecelagem, expressão corporal, dentre outras, mas utiliza fundamentalmente as artes plásticas e é isso que a identifica como uma disciplina diferenciada. A arte como expressão tem obtido excelentes resultados, apresentando-se como uma solução produtiva para a promoção, preservação e recuperação da saúde e do equilíbrio interno. Ao integrar três áreas de conhecimento – Arte, Saúde e Educação –, ela possibilita uma ampliação na formação educacional, sendo enriquecedora na qualidade de vida das pessoas. Seguindo esses preceitos, o projeto Caminhos da Arte, do Instituto Maria Helena Andrés, realizado através de patrocínio da MRS, com apoio do CMDCA (Conselho Municipal da Criança e do Adolescente) e a Prefeitura Municipal de São Brás do Suaçuí, constou de quatro oficinas semanais de arte expressão e arte-terapia para um total de 60 alunos (crianças, pré-adolescentes e adolescentes). As aulas aconteceram todas as quintas-feiras, desde junho/2012 até o final do ano. Podia-se ver na expressão dos alunos a alegria de chegar à oficina, que na avaliação deles “deveria acontecer todos os dias”. A psicóloga e arte-terapeuta responsável pelo Projeto, Sarahy Fernandes, avalia como muito natural e positiva a motivação dos alunos, considerando que a “arte é inerente a todos nós e sua expressão uma necessidade”. A arte-expressão integra três áreas de conhecimento – Arte, Saúde e Educação – e tem apresentando uma solução produtiva para a promoção, a preservação e a recuperação da saúde e do equilíbrio interno. Ela possibilita uma ampliação na formação educacional, sendo enriquecedora na qualidade de vida das pessoas. A Presidente do IMHA, Teresa Rolim Andrés, acompanhou com satisfação o resultado do Projeto. Avaliou que todo o trabalho voluntário feito pela direção do Instituto é recompensado com os sorrisos de felicidade das crianças, o despertar da capacidade artística que habita em todos e que pode se desabrochar num projeto como este. Segundo Teresa: “A sensação é de missão cumprida, saber que estamos fazendo algo benfeito e com qualidade para estas crianças e adolescentes, nos faz trabalhar cada dia mais para promover a cultura e arte em toda sua extensão na nossa região.” (Ana Carolina Novaes, extraído do site do IMHA e do informativo infoIMHA)

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021


 

PONTO DE CULTURA MÚSICA PARA TODOS



Podemos refletir sobre o papel das novas mídias na comunicação e na educação. Nossa vida mudou quando trocamos as cartas por e-mails. Na década de 70, quando viajei pela Índia, a comunicação com minha família no Brasil era por meio de cartas, que levavam mais de um mês para chegar ao seu destino. Hoje, com um simples tablet  podemos nos comunicar imediatamente, inclusive vendo a imagem das pessoas. Dos cursos de Design e Multimídia do IMHA já saíram vários vídeos que podem ser acessados por qualquer um, em qualquer lugar do mundo, no Youtube. (Texto de minha autoria extraído do InfoIMHA)

“Em um mundo dominado por imagens, e num país onde 95% dos lares têm um televisor, é importante que se entenda e se pense sobre o teor social, político e cultural de todo o conteúdo audiovisual que “ingerimos” no nosso dia-a-dia. Não podemos deixar de falar no peso esmagador da história e na evolução dos aparatos técnicos e tecnológicos, bem como na evolução do pensamento, até os modos de vida contemporâneos, onde a fotografia e o vídeo têm papel fundamental na formação do indivíduo. Partindo disso, lançamos aos alunos pequenos do presente projeto, desafios que os habilitassem para o uso de aparatos técnicos em produções de fotografias e vídeos, ao mesmo tempo em que pudessem assimilar esse aprendizado no cotidiano”. (Ana Carolina Novaes,extraído do site do IMHA)

“A partir do sucesso do projeto Música na Escola, o IMHA obteve, em 2009, a aprovação do Ministério da Cultura, por meio do Programa Cultura Viva, para a instalação do Ponto de Cultura Música Para Todos. Em 2010, foi formalizado convênio com a Secretaria de Estado de Cultura para dar início à instalação do Ponto em uma sala dentro da sede do IMHA. Inaugurada em maio de 2011, a sala abriu espaço para que 10 jovens do Ensino Médio pudessem registrar o universo musical de Entre Rios de Minas, um material de pesquisa para apoio às aulas de música do projeto Música nas Escolas. Durante seis meses, esses jovens foram capacitados por professores especializados nas áreas de design, multimídia e música e foram elaborados três vídeos, que contribuíram para reforçar as aulas nas escolas, motivando o interesse dos alunos e abrindo um canal de interatividade entre as áreas da informática e da música. As atividades do Ponto de Cultura foram planejadas para acontecerem em três anos consecutivos. No primeiro ano, a meta foi capacitar os jovens para a confecção do material virtual e realizar um novo treinamento de todos os educadores da rede pública do Ensino Fundamental, objetivando dar continuidade ao acompanhamento às aulas de música nas escolas. O curso de Design & Multimídia e Musicalização, ministrado pelos professores Aruan Mattos e Frederico Leão Boelsums, tiveram como meta capacitar os alunos em softwares de edição de áudio e vídeo. Para isso, foram realizados vídeos-aula, para, posteriormente, serem distribuídos nos cursos de musicalização das escolas do município. Foram feitos documentários sobre músicos veteranos que permeiam o solo de Entre Rios de Minas, com narrativas líricas, visando preservar a memória artística e cultural da cidade. São eles: Osmar Adelino-Violão em SerestaTião Asevedo-O artesão dos sons e Seu Divino-Versos Sanfonados. Também foram elaborados vídeos-aula sobre iniciação musical (Intensidade, Altura, Timbres e Andamento); uma trilha sonora e a edição do áudio do vídeo 1º Resgate com Arte, com o apoio dos alunos-monitores do curso; e, ainda,  um documentário sobre a Serra do Gambá, em parceria com os alunos da Escola Estadual Ribeiro de Oliveira. Em 2012, houve a aquisição de novos instrumentos musicais e foi dada a continuidade às aulas de música nas escolas ministradas semanalmente para cerca de mil crianças. Nesse ano, o Ponto de Cultura Música para Todos foi novamente palco para a aproximação das novas gerações com a história de músicos, bandas e luthiers. Por meio do Fundo da Infância e da Adolescência, e com o patrocínio da Cemig, foram ministradas duas edições do curso de Design & Multimídia para jovens, com ênfase no resgate do universo cultural da região. Os cursos tiveram a duração de quatro meses e a participação de 16 alunos. A finalização do Projeto ocorreu com a aquisição de novos equipamentos para ampliação da sala de produção e edição de vídeos. Entre 2012/2014 o IMHA deu prosseguimento ao curso Design & Multimídia com os professores Tuca Boelsum, Alejandro Restrepo, Gabriel Caram e Vinicius Odilon e foram produzidos os seguintes vídeos, que estão disponibilizados no Youtube: Dona Maria, Música para TodosValicoO Poeta da SerraBenzedeirasSeresta Rios ao LuarMúsica nas EscolasSinos e seu Sinais e Corrida Maluca.” (Ana Carolina Novaes, extraído doInfoIMHA).

“No Festival estudei com a Cecília Barreto. Mais tarde, no Ponto de Cultura, estudei com Kristoff Silva. Em seguida, fiz o teste e segui para a Universidade. Naquela época eu não tinha recursos para pagar a Universidade, mas obtive o meu primeiro salário no Ponto de Cultura, dando aulas para as crianças. Desta forma eu pude pagar meus estudos. Agora continuo dando aulas através da Prefeitura. Aqui estou para agradecer a todos vocês.” (Depoimento de um aluno, que participou de vários projetos do IMHA)

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domingo, 14 de fevereiro de 2021


 

PROJETO MÚSICA NA ESCOLA

 

As últimas investigações psicológicas e fisiológicas convergem para a hipótese de que a consciência é uma superestrutura mental ou uma área mental diferenciada, alguma coisa que se desenvolveu a partir da relação do homem com seu ambiente físico e social, como um refinamento de uma estrutura básica preexistente.

Herbert Read mostra-nos a influência do meio sobre o desenvolvimento da consciência do ser humano. Isso nos indicaria também a necessidade da arte como a grande auxiliar da educação. Uma educação que visa apenas ao acúmulo de conhecimentos ou à repetição de conceitos do passado seria uma educação fragmentada. Não atingiria o desenvolvimento da criança sob todos os seus múltiplos aspectos. O acúmulo de conhecimentos teóricos, não vivenciados, permite apenas uma visão parcial do problema.  Para haver compreensão total, é necessário viver o aprendizado e percebê-lo de forma global. O papel do educador assume um caráter de constante humildade diante do novo que desperta. A criança tem direito à sua própria individualidade e não pode ser moldada de acordo com normas.

O desenvolvimento da consciência, feito com o auxílio da arte, torna-se um processo natural de crescimento. O movimento criador é um impulso do ser humano, que flui diretamente de suas raízes mais profundas. Ele investiga, descobre, se conscientiza e se expande. As artes da dança e da música seriam a abertura para o movimento, despertando a criança para a compreensão do relacionamento com o espaço que a rodeia.

A educadora Nathalie de Salzman, seguidora de Gurdjieff, criou o Modelo Educacional Etievan: a educação para o despertar da consciência e o desenvolvimento do sentimento. No modelo educacional desse grupo, a música, os ritmos e as artes de forma geral são canais por onde fluem as emoções e se afinam os sentimentos. Ali a vida se torna também uma arte, desde que todas as atividades do cotidiano são feitas com atenção e autoconhecimento.

Antes de aprender as notas musicais e seus valores, por exemplo, deve-se ensinar a criança a escutar: sons de vozes, de animais, de instrumentos; pode-se pedir que crie um instrumento. Que aprenda o resto depois de ter um interesse pessoal despertado, e uma apreciação real e justa. Esse aprender a escutar ensina não somente a ouvir o que está fora, mas também ensina a ouvir o coração, essa voz interior, a pôr a atenção sobre si mesmo e mantê-la. Se não escutarmos a nós mesmos, não temos possibilidade de nos comunicar. Escutar é um ato ativo, volitivo, não uma aceitação passiva.

Escutando os sons externos e internos, a criança despertará desde cedo para a consciência de si mesma, da natureza e do universo. . (Extraído do meu livro “Os Caminhos da Arte”, Editora C/Arte, 2014)

"O projeto Música na Escola teve início em 2006, com a realização do IMHA em parceria com a SICOOB Credicampo. O objetivo principal do Projeto foi estimular a criatividade, a concentração e a atenção das crianças da fase introdutória ao quinto ano do Ensino Fundamental, por meio do aprendizado dos elementos básicos da música e do desenvolvimento de uma audição ativa e crítica, valorizando todos os aspectos da criação musical, a partir do conhecimento de diferentes estilos, gêneros musicais e de diferentes épocas e culturas. No início, houve a capacitação dos músicos que seriam responsáveis por ministrar as lições semanais, no horário regular das aulas, e também dos educadores, que acompanhariam seus alunos nesse processo, promovendo atividades e brincadeiras pedagógicas de apoio durante todo o período letivo. Em 2008, o Música na Escola beneficiou quase 600 alunos no município; em 2009, cerca de 400 receberam educação musical e, em 2010, cerca de 600 foram atendidos pelo Projeto. Na região do Campo das Vertentes, o IMHA já é referência no ensino de música na escola, que teve início em Entre Rios de Minas e alcançou São Brás do Suaçuí. Por meio de doações de pessoas físicas feitas em 2010 e 2011, via Fundo da Infância e da Adolescência (FIA), 10 turmas do primeiro ao quinto ano da Escola Municipal Amélia D’Anunciação Pyramo receberam aulas de música durante o ano de 2012. Em Entre Rios de Minas, o Música na Escola incluiu o Bairro Castro e a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Entre Rios de Minas), através de doação da Cemig, via FIA. Além disso, novos músicos foram preparados para dar aulas de educação musical, durante um curso de uma semana de aprofundamento em técnicas pedagógicas. .” (Extraído do site do IMHA, redação de Ana Carolina Novaes)

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sábado, 6 de fevereiro de 2021


 

MUTIRÕES DE ENTRE RIOS DE MINAS

 

Sempre gostei de mutirões, porque através deles aparecem talentos e doações generosas.

Dividir com os outros os nossos conhecimentos é muito importante.

O Mutirão de Entre Rios de Minas nasceu em 2009, fruto do entusiasmo e esforço de um grupo liderado pelo IMHA, na época presidido por Euler Andrés e Saulo Resende. Foi um ano sem nenhum patrocinador. Como a cidade já esperava ansiosamente pelo 4° Festival, artistas e pessoas da comunidade decidiram juntar esforços  e ensinar uns aos outros o que já tinham aprendido espontaneamente nas várias áreas artísticas e artesanais.

Surgiu então o I Mutirão Cultural de Entre Rios de Minas. Depois daquele ano outras edições deram continuidade ao evento, com várias oficinas e shows musicais.

O Mutirão Cultural é fonte inesgotável de novos talentos no campo da poesia, da música, do cinema, do desenho, da pintura, do bordado cuidadoso.

Em uma das edições nós fomos os professores. Ficamos encarregadas da Oficina de papel, coordenada por Ivana, Sarahy, Marília e eu. Gostei dos trabalhos, lindos, criativos. Fizeram colagens e desenhos individuais e coletivos, bem como esculturas de papel.

No dia seguinte as jovens artistas foram também “curadoras” da mostra e organizaram ao ar livre a exposição.

A cidade de Entre Rios é aberta à arte e à cultura, pois sabe que, exercendo a arte, deixando fluir sua própria energia criativa, também está colaborando para o desenvolvimento da região e do país. O IMHA (Instituto Maria Helena Andrés) abriu caminho através de vários projetos. Para esta cidade vieram professores, maestros, orquestras, diretores de teatro, de circo. Entre Rios se encheu de risos e cores. Os cinegrafistas documentaram tudo e hoje o secretário de Cultura está incentivando o Mutirão de Arte. Gosto muito de Mutirões, o resultado é excelente...

Outro grupo de artistas trabalhou com dedicação e entusiasmo nos bordados sobre a cidade. Bordaram as casas de Entre Rios. Um sucesso de solidariedade. Aliás, Mutirão significa solidariedade. Houve entusiasmo na realização e na cooperação da mostra.

Entramos pelo antigo bar Vila Lobo. Lá embaixo no gramado, as crianças, sentadas na grama, soltavam bolhas de sabão, conduzidas pela mestra Sarahy. Depois corriam pelo gramado atrás das bolhas.

Voltei à praça para ver as artistas de ontem colocando hoje seus trabalhos. Armaram um varal nas árvores e, ao sabor do vento, os desenhos e colagens foram mostrados. Um rapaz veio nos cumprimentar.

Comes e bebes fazem parte do Mutirão, num intercâmbio feliz e prazeroso. Ali se vende o produto da roça: queijo, pães, empadinhas.

No ano de 2020, com a produção a cargo de Felipe Resende, secretário de Cultura, o Mutirão, devido à pandemia, aconteceu totalmente on line.

Cada um no seu quadrado veio trazer para o conjunto um pouco de sua história, do seu dia a dia. Estivemos todos lá, escutando a sinfonia de uma cidade e seus arredores. A voz dos antepassados ressurgiu naquele momento em que estávamos atentos, todos juntos.

Tudo faz parte de um todo. Somos um.

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