Dividir com os outros os nossos conhecimentos é
muito importante.
O Mutirão de Entre Rios de Minas nasceu em 2009,
fruto do entusiasmo e esforço de um grupo liderado pelo IMHA, na época
presidido por Euler Andrés e Saulo Resende. Foi um ano sem nenhum patrocinador.
Como a cidade já esperava ansiosamente pelo 4° Festival, artistas e pessoas da
comunidade decidiram juntar esforços e
ensinar uns aos outros o que já tinham aprendido espontaneamente nas várias
áreas artísticas e artesanais.
Surgiu então o I Mutirão Cultural de Entre Rios de
Minas. Depois daquele ano outras edições deram continuidade ao evento, com
várias oficinas e shows musicais.
O Mutirão Cultural é fonte inesgotável de novos
talentos no campo da poesia, da música, do cinema, do desenho, da pintura, do
bordado cuidadoso.
Em uma das edições nós fomos os professores. Ficamos
encarregadas da Oficina de papel, coordenada por Ivana, Sarahy, Marília e eu.
Gostei dos trabalhos, lindos, criativos. Fizeram colagens e desenhos
individuais e coletivos, bem como esculturas de papel.
No dia seguinte as jovens artistas foram também
“curadoras” da mostra e organizaram ao ar livre a exposição.
A cidade de Entre Rios é aberta à arte e à cultura,
pois sabe que, exercendo a arte, deixando fluir sua própria energia criativa,
também está colaborando para o desenvolvimento da região e do país. O IMHA
(Instituto Maria Helena Andrés) abriu caminho através de vários projetos. Para
esta cidade vieram professores, maestros, orquestras, diretores de teatro, de
circo. Entre Rios se encheu de risos e cores. Os cinegrafistas documentaram
tudo e hoje o secretário de Cultura está incentivando o Mutirão de Arte. Gosto
muito de Mutirões, o resultado é excelente...
Outro grupo de artistas trabalhou com dedicação e
entusiasmo nos bordados sobre a cidade. Bordaram as casas de Entre Rios. Um
sucesso de solidariedade. Aliás, Mutirão significa solidariedade. Houve
entusiasmo na realização e na cooperação da mostra.
Entramos pelo antigo bar Vila Lobo. Lá embaixo no
gramado, as crianças, sentadas na grama, soltavam bolhas de sabão, conduzidas
pela mestra Sarahy. Depois corriam pelo gramado atrás das bolhas.
Voltei à praça para ver as artistas de ontem
colocando hoje seus trabalhos. Armaram um varal nas árvores e, ao sabor do vento,
os desenhos e colagens foram mostrados. Um rapaz veio nos cumprimentar.
Comes e bebes fazem parte do Mutirão, num
intercâmbio feliz e prazeroso. Ali se vende o produto da roça: queijo, pães,
empadinhas.
No ano de 2020, com a produção a cargo de Felipe
Resende, secretário de Cultura, o Mutirão, devido à pandemia, aconteceu
totalmente on line.
Cada um no seu quadrado veio trazer para o conjunto
um pouco de sua história, do seu dia a dia. Estivemos todos lá, escutando a
sinfonia de uma cidade e seus arredores. A voz dos antepassados ressurgiu naquele
momento em que estávamos atentos, todos juntos.
Tudo faz parte de um todo. Somos um.
*FOTOS DE ARQUIVO
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