domingo, 7 de março de 2021

PROJETO RESGATE COM ARTE

 

Nas minhas viagens à Índia, entrei em contato com comunidades ligadas ao grande pensador e educador Sri Aurobindo. Segundo ele, o primeiro princípio de um ensinamento verdadeiro é que nada pode ser ensinado. A tarefa do professor é apenas sugerir. Ele não impõe o conhecimento como verdade única, mas procura despertar o aluno para adquiri-lo por si próprio. Sem distinções entre as crianças ou adultos, adolescentes ou velhos, todos devem ser educados de forma livre, espontânea, desenvolvendo suas tendências individuais. Naquela comunidade dá-se muita ênfase ao desenvolvimento integral do ser humano: corpo, emoções e mente. Além dos esportes e práticas de Yoga , diferentes atividades artísticas fazem parte do cotidiano dos alunos. O despertar da consciência também se faz estimulando a concentração e a meditação. Sri Aurobindo vivia em contato direto com a sua intuição criadora, a fonte do conhecimento, ou o supramental, como focalizou em vários dos seus escritos. Todo o seu processo educativo baseia-se no aperfeiçoamento do indivíduo, na descoberta de seus próprios recursos e na entrega absoluta aos planos mais elevados da sua própria consciência. O homem, segundo ele, passará da situação atual, ainda imperfeita, para um grau de perfeição nunca antes atingido na Terra. Suas ideias sobre a evolução do mundo lembram as ideias evolucionistas de Teilhard de Chardin, o grande pensador católico. “Teilhard fala do advento de uma super-reflexão que levaria o homem a uma plataforma superior. Essa evolução não estaria distante de nós, mas se realizaria num futuro próximo.”  (Extraído do meu livro “Os Caminhos da Arte”, Editora C/Arte, 2014)

“ O projeto Resgate com Arte – Aprendizado Multidisciplinar através das Artes foi patrocinado pelo Fundo Estadual de Cultura (FEC), em 2009, sendo que suas atividades tiveram início em agosto de 2010. O Projeto, coordenado por Maria Aldina Resende, ofereceu à população a oportunidade de aprender sobre os patrimônios histórico, cultural e ambiental da região, de maneira lúdica e criativa, por meio da realização de oito oficinas de expressão artística (com duração de 36 meses): História da Arte, Educação para o Patrimônio, Artes Plásticas (cenários e figurinos com material reciclado), Produção de Textos, Interpretação Teatral, Composição Musical, Técnicas Vocais e de Canto, Técnicas de Dança Contemporânea e Criação, Montagem e Manipulação de Bonecos para Teatro. Foram oferecidas 140 vagas para jovens e adultos da comunidade em geral e estudantes e professores das escolas estaduais.  Novas ações aconteceram no segundo semestre, incluindo aula de resgate histórico, sessão de filmes, passeios turísticos, disponibilização do acervo histórico coletado para pesquisa e documentação e a exibição de um vídeo do Projeto, a princípio, em Entre Rios de Minas e nos municípios vizinhos de Jeceaba e São Brás do Suaçuí. .” (Ana Carolina Novaes extraído do site do IMHA)

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