O ateliê da rua Sta Rita Durão 358 foi um despertar de novas ideias. Ali, naquela casinha pequenina comecei a minha fase de pinturas ligadas aos ensinamentos do mestre Guignard. Os meus filhos ocupavam um quarto pequeno com três camas de criança e eu pintava na copa, porque o meu ateliê do porão estava em reforma. Ali, num espaço apertado, eu pintei o quadro da minha filha Marília, segurando um papagaio que mereceu o Grande prêmio do Salão do Estado. O título da obra era “Menina com papagaio”.
O espaço era mínimo, a menina não parava quieta, mas a vontade de pintar era muito maior do que as dificuldades.
Marília estava com um ano e meio e eu
às vésperas do segundo filho quando vi anunciado um prêmio para mineiros
residentes em Minas. Pensei comigo mesma "vou ganhar este prêmio! E ganhei
mesmo!” Os artistas que tinham se mudado para o Rio ou São Paulo não puderam
concorrer.
Não é o ateliê que move o artista é a
própria vocação e a alegria da criação...
Na mesma ocasião eu participei da primeira Bienal de São Paulo com o quadro “Domingo no parque”, realizado a partir de pequenos desenhos feitos de memória, como estudos para os quadros pintados à óleo.
Nesta mesma época eu ia todos os fins de semana para a fazenda da Barrinha, onde eu também tinha um ateliê.
Críticos,
escritores e poetas da época, entre eles Autran Dourado, Jaques do Prado
Brandão e Frederico Morais me visitavam, conhecendo meus trabalhos e me
incentivando.
Ali pintei também cenas de crianças brincando de roda.
*FOTOS DE ARQUIVO
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