Além do ateliê em BH, onde morávamos, eu teria que organizar um outro na fazenda, desde que lá passávamos grande parte do tempo.
Eu já estava casada com o Luiz e já tínhamos filhos.
Para o meu ateliê na fazenda da Barrinha, escolhi o quarto que dava para a paisagem, com o curral onde eu registrei cenas de uma fazenda mineira, a chegada dos carros de boi, os empregados tirando leite e várias cenas inéditas para mim.
Foi importante desenhar os boizinhos no pasto ou descansando na grama.
Mais tarde, eles se transformaram em esculturas!
Eu via as cenas da janela do ateliê. Meu marido me ajudava preparando as telas. Todos gostavam de me ver pintando.
O trabalho era muito importante, uma energia interna me conduzia apesar de todos os afazeres de uma dona de casa e de mãe.
Eram fins de semana muito felizes.
Às vezes eu ia parar no térreo da casa sem janelas para a paisagem. Então, pintava retratos de crianças. Quando faltava paisagem eu recorria às cenas do cotidiano.
A arte sempre me acompanhou ao longo da vida.
Ao mesmo tempo, em BH, outro ateliê
me aguardava. Ai eu pintei Marília com o
papagaio, que mereceu o um prêmio muito importante. Sempre mudando à medida em
que mudávamos de casa.
*Fotos de arquivo
Nenhum comentário:
Postar um comentário