Artista plástica, ex-aluna de Guignard. Maria Helena Andrés tem um currículo extenso como artista, escritora e educadora, com mais de 60 anos de produção e 7 livros publicados. Neste blog, colocará seus relatos de viagens, suas reflexões e vivências cotidianas.
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
ÍNDIA - RISHIKESH
Nesta postagem dou
continuidade ao relato de viagem de Joaquim Pedro:
“Chegamos a Rishikesh, no norte da India, quase nos Himalaias, depois de
uma longa viagem de sete horas de Delhi. A estrada em péssimo estado só permite
aos motoristas dirigirem a 50 km/hora para cumprir uma distancia de 250 km.
Rishikesh e Haridwar são cidades sagradas para os Hindus por se situarem
na nascente do rio Ganges. As cidades têm diversos centros de yoga e
espiritualidade, entre eles os ashrams de Dayananda, Rajneesh, Sai Baba. Fomos
ao ashram Dayananda, onde ouvimos uma palestra do guru e comemos junto com os
peregrinos. O ashram tem boas instalações, uma bela biblioteca, e está na beira
do rio Ganges.
O maior ashram de Rishikesh é o Parmarth Niketan, que tem um verdadeiro
campus de yoga com 1.000 quartos e incríveis instalações. Tem workshops
semanais, aulas de medicina ayurvedica, meditação e yoga. Seu guru é muito
respeitado. Fomos a uma cerimonia fascinante de aarthi, em que os membros do
ashram se reúnem ao por do sol e cantam para celebrar o fim do dia. Chamam a cerimonia
de seu "happy hour" de "thanksgiving" a Deus.
Subimos as montanhas e conseguimos ver o começo dos Himalaias, com seus
picos monumentais. Passamos por um spa cinco estrelas num palácio de marajás
chamado Ananda in the Himalaias, com aulas privadas de yoga e meditação.
Visitamos o Ganges e entramos na agua para nos livrarmos das más
vibrações. Muitos hindus vão ate o rio para se banharem todas as manhãs. A agua
cristalina vem direto dos Himalaias e o rio só termina em Bangladesh.
Gostamos muito de Rishikesh e seus templos, ashrams e espiritualidade. É
um prato cheio para quem quer se inserir mais nas questões espirituais!
De volta a Delhi, ficamos por três dias no Sri Aurobindo Ashram, um
verdadeiro oásis no meio da confusão de Delhi. Fizemos um workshop de musica
repetindo o mantra Om e visitamos a rica biblioteca e seus incensos deliciosos.
A boa surpresa foi a comida vegetariana deliciosa - arroz e vegetais, berinjela
refogada, canjiquinha...definitivamente a melhor comida indiana que comi em toda
a viagem!”
*Fotos de Joaquim Pedro e Maurício Andrés
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segunda-feira, 9 de setembro de 2019
INDIA , MATHURA /AGRA


" "Depois de alguns dias em Delhi, fomos para Mathura conhecer os
templos do deus Krishna. Mathura é uma cidade de peregrinos sem muita
infraestrutura, com chão enlameado e muita gente nas ruas.
Visitamos um templo cheio de macacos e vimos um asilo local em
que ficam 2.000 mulheres, viúvas de soldados da guerra do Paquistão. Fomos
também ao templo original de Krishna, onde coexistem uma mesquita e um templo
hindu. O interessante foi ver a cerimonia in loco, com a noiva sendo
apresentada à família do noivo e uma comoção geral pelo evento. Roupas muito
coloridas e bonitas, comida farta.
Hoje viemos a Agra e conhecemos o Taj Mahal. É realmente uma
maravilha, todo ornamentado com motivos muçulmanos e coberto de mármore. A
arquitetura é perfeitamente simétrica e com inscrições do Alcorão, com lindos
ornamentos de flores feitos de pedras preciosas. O monumento é o tumulo da
princesa construído por seu marido imperador.
Fomos também ao Forte Vermelho, com portas enormes para que os
elefantes pudessem passar. Foi construído pelos imperadores muçulmanos e feito
em três gerações. O Forte feito em sandstone tem enormes praças e um local onde
ficava o harém, todo feito de mármore e com motivos de flores. Ha também um
palacete com vistas para o Taj Mahal, onde ficou o imperador preso por seu
próprio filho.
Originalmente iríamos para Jaipur, mas decidimos ficar aqui por
um tempo e amanhã seguimos viagem. Minha avó está adorando a viagem, mas o
cansaço já aparece com jornadas mais distantes. Decidimos pernoitar no Sheraton
- onde por coincidência está o Sean Connery!!! - e amanhã seguimos para Jaipur.
A Índia continua impressionante, com um safari urbano a cada
cidade, com elefantes, macacos, e camelos nas ruas. As pessoas são muito
amáveis e a espiritualidade é plena..."
*Fotos de Joaquim Pedro
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segunda-feira, 2 de setembro de 2019
ÍNDIA, NOTAS DE VIAGEM DE JOAQUIM PEDRO
“Apenas uma pequena nota para dizer que, para os que querem uma
experiência única de conhecer uma cultura totalmente diferente da nossa, a
Índia é um prato cheio. Uma viagem que começa com o choque inicial da
precariedade e do caos indiano aos poucos se transforma numa apreciação
profunda dessa cultura rica e milenar. A Índia não permite julgamentos
rasos, e a viagem é para os que têm mente aberta e estomago forte.
Ao contrario da China, que impressiona e assusta logo no
primeiro instante, a Índia é descoberta aos poucos e a admiração cresce
com a profundidade do conhecimento. Os contrastes são enormes - das cores
do Rajastão ao safari urbano de Delhi, dos ashrams de Rishikesh à
hospitalidade portuguesa de Goa, da modernidade de Bangalore e Bombaim à
cultura milenar de Varanasi. Palácios se misturam com favelas. Vacas,
elefantes, macacos e camelos se misturam com gente. O espetáculo do
crescimento - que aqui realmente acontece - contrasta com a miséria vista
a olho nu.
O constante é mesmo o povo indiano, sempre gentil, cordial,
simpático, e atencioso. A pobreza econômica, pior que a brasileira, é
sempre acompanhada da nobreza de espírito. Na há espaços para violência e
a convivência pacifica com outros e com a natureza é um habito
solidificado. O indiano nos recebe como irmãos, nos acolhe e nos ensina. Temos muito que
aprender com
eles.
eles.
DELHI
As primeiras impressões aqui tem sido de muita gente, muita
pobreza e muita confusão. Ontem fizemos um passeio por Old Delhi, entre becos,
lojinhas e macacos no topo dos prédios. Nas ruas, elefantes, camelos e vacas.
Ontem também fomos ao monumento a Gandhi e à mesquita local. As
tradições hindus, muçulmanas e sikhs se misturam. Fomos também a um palácio
parecido com o Taj Mahal que veremos, dentro de dois dias, em Agra.
Amanhã seguimos para Jaipur e Agra. O tempo nos tem ajudado - um
friozinho apesar de chuvas esporádicas - e o nosso minibus com guias tem sido
uma mão na roda.
Aqui as coisas na área de educação funcionam
bem diferente. A maior discrepância é o foco enorme deles em tecnologia que é
mesmo o motor de empregabilidade do país. Custo barato, alta especialização,
bons salários.”
*Fotos de Joaquim Pedro e da internet
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