A chegada em Udaipur é um deslumbramento. Nosso
hotel fica à beira de um lago, onde as lavadeiras, envolvidas em panos
coloridos, cantam batendo as roupas. Neste lago a cidade é refletida com suas
torres, templos e palácios.
A influência
árabe se faz sentir na beleza das colunas e arcos, nos nichos, nos arabescos,
um toque de mil e uma noites no coração da Índia.
Circundada por montanhas de pedra e plantações que
se perdem de vista, Udaipur oferece ao visitante uma visão do passado que se
projeta no presente, cheio de vida. Mulheres carregando vasos dourados sobem as
ladeiras envolvidas em sáris coloridos, desenhos de elefantes ilustram as
paredes brancas.
À noite, contemplando o reflexo das luzes no lago em
frente, entro em estado de meditação.
Estamos vivendo a época do turismo. Mulheres,
crianças, homens, olham ansiosos as pequenas miniaturas contando a história dos
grandes de antigamente. O quarto de dormir do marajá é decorado com espelhos,
mármores, marfim – como se fosse uma caixa de joias. Este palácio, que levou décadas
para ser construído, hoje é objeto de curiosidade dos turistas, que consomem
tudo na maior rapidez.
Numa grande
sala decorada com tapete vermelho, jovens artistas pintam, sobre seda esticada
na prancheta, palheta e tintas no chão, miniaturas da história dos antigos reis.
Pintam com tinta retirada das pedras das montanhas – o verde vem de uma pedra
chamada “malakite”, o azul vem da “turquise”, o vermelho de diversas pedras. As montanhas ARAVALI são as mais velhas e mais
ricas do mundo. O método para se fazer tintas é muito antigo: triturar as
pedras num pequeno recipiente e em seguida dissolver o pó com água e goma
arábica. A delicadeza das pinturas mostra o refinamento da sensibilidade desses
artistas.
*Fotos de Maurício Andrés e da internet
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