Escrevi isso
durante uma viagem do Retiro para BH.
Sempre fui
profissional
De fundo de
quintal
Ateliê na
garagem
Ou no barracão
Muitas vezes no
porão
Não tenho estagiária
Ou motorista
E para não
perder de vista
O meu trabalho
Vou fazendo tudo
Como carta de
baralho
Distribuindo
Para quem está
por perto
Um montão de
serviços
São papéis
Amarelados pelo
tempo
Cheios de poeira
Dos caminhos da
vida
Que já ameaça me
afetar
Com coceira no
nariz
Nos ouvidos
Nos olhos
Já vi que tenho
Alergia
Pelo passado
Meu passado de
viajante
Foi escrito
Nas várias
Viagens pelo
Mundo a fora
Pela Europa
América e Ásia
Registrados
No frio das
Madrugadas
Em hotéis
Ou comunidades
Tudo escrito à
mão
Rabiscado no
cartão
Nos livretos de
memória
Nas beiradas de
jornais
Nos guardanapos
das mesas
Onde às vezes vou
comer
Escuto aula de
espanhol
Sentada no carro
de Marília
Vou rodando pela
estrada
Escutando
Qui eres ?
Soy artista
Artista de fundo
de quintal
Onde o doméstico
Vai se
misturando
Com o artístico
Minha vida de
artista
Profissional
Que não teve
mordomias
Como outros
colegas
Que tem secretária
Motorista
Estagiária
Hablas espanhol?
Hablo Inglês
Estou escutando
A aula de
espanhol
E registrando
Meus
apontamentos
Sem usar
computador
O carro parou na
estrada
Posso escrever
sem tremer
*Fotos de
Antonio Eugênio Salles Coelho
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MEU OUTRO BLOG “MINHA VIDA DE ARTISTA”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
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