terça-feira, 15 de maio de 2018

INDIA, MONT ABU


 Enquanto esperamos o trem
Em Aburoad
Vejo carregadores
Vestidos de vermelho
Mulheres com saias plissadas
Coletes bordados
E prata nos braços
Nas pernas, nos pés.
A prata é a constante
Da região.
Colares, brincos,
Pulseiras.
Ao brilho do sol
As mulheres brilham
Enquanto trabalham.
Empilhados num jipe
Quatorze pessoas.
Duas crianças
Com os olhos pintados
Dormem no colo da mãe.
A paisagem de Mont Abu
Vai desfilando
Pelo despenhadeiro.
E aquela velhinha
Vestida de alaranjado
Está enjoada.
Nunca deve ter andado
De jipe.
Mant Abu ficou para trás
Com suas escarpas e vales
E o pico mais alto chamado
Guru Sikar.
O guru é o próprio pico
E a vibração é de
Intensa energia.
Do alto enxerga-se
Até o Paquistão.
Há casas pelas escarpas
Construídas sobre as pedras
E há casinhas pequeninas
Sem janelas
Para a paisagem.
À frente dos casebres
Pobres
Vários homens agachados
Conversam em círculo.
(Trecho de diário de viagem à Índia, s/data)

*Fotos da internet

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