Andando novamente pelas estradas da Índia. A pessoa
encarregada dos transportes aqui, arranjou-nos um carro para seguirmos até Chenai,
via Tiruvanamalai. Saímos às 4 da tarde, porque o sol nesta hora é menos
intenso. Mais um olhar para o Golfo de Bengala, as ondas serenas, os coqueiros
balançando ao vento.
A despedida é mais um agradecimento pela
oportunidade de vivenciar esta experiência.
Enquanto o carro roda, vamos
anotando as cenas, gente em quantidade nas ruas, homens de panos brancos
enrolados nas pernas, mulheres de saris e flores nos cabelos.
São 4 horas e as aulas devem estar acabando. Nas
ruas, rickshaws pedalam carregando crianças, de volta à casa.
Novamente os campos de arroz, muito verdes, com
pequenos vilarejos onde o mercado é sempre à beira da estrada. Paramos para
comprar frutas. Não sabemos que tipo de comida vamos encontrar pela frente...
O espetáculo do poente nos faz parar o carro
novamente para tirar fotos. No alto do morro, o palácio do Marajá Krishnague,
famoso num passado de 200 anos, hoje transformado em museu.
Não sei como estes marajás faziam para escalar a
montanha. Só poderia ser no lombo de elefantes, com aquelas padiolas enfeitadas
de espelhinhos, arabescos e pedrarias...
Neste momento fico pensando porque o Collor de Melo
escolheu a palavra “Marajá” como exemplo de riqueza.
Aqui, nem todos os marajás eram ricos, mas todos
tinham apego ao poder. Trabalhavam para aumentar as riquezas nas artes, hoje um
espetáculo fascinante para o turista. Existem palácios maravilhosos,
deslumbrantes na arquitetura e decoração.
(Trecho de diário de viagem, 1990)
*Fotos da internet
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