Na viagem de volta, a montanha nos acompanhou por
muito tempo.
Ela está bem em frente à estrada e, para vê-la tivemos de olhar
pelo vidro traseiro do carro.
Enquanto o motorista seguia à caminho de Chenai,
procuramos sentir o mistério da montanha.
Cantamos “Arunachala, Shiva, shiva”
com música de embalar crianças. A montanha às vezes se encolhia por detrás das árvores, às vezes aparecia de novo,
majestosa, imponente como uma rainha.
De repente me vi cantando “Alexandre, Shiva, Shiva”.
Nesta hora, lá, bem distante, no Brasil, Alexandre, meu neto, deve estar
chegando ao mundo. Mais um personagem para a minha família e uma benção
especial de Arunachala para o recém nascido.
Quando nos despedimos de Arunachala, um sentimento
de paz e amor desceu sobre nós. Realmente a Índia tem seus mistérios seculares
e a energia ainda está muito viva.
É só saber percebê-la no agora. O agora é
este momento de “awareness” (consciência) que estamos vivendo. “Awareness” não
pode ser encomendado. É uma percepção clara, sem interferência do pensamento ou
do passado. “Awareness” é o agora, e no agora, podemos sentir o eterno. (Trecho
do Diário de viagens, 1990)
*Fotos da internet
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"Quando nos despedimos de Arunachala, um sentimento de paz e amor desceu sobre nós. Realmente a Índia tem seus mistérios seculares e a energia ainda está muito viva".
ResponderExcluirPerfeito, Tia Helena!!
***
HINO A ARUNACHALA - 3
"Quando me aproximo de Ti pensando que tens forma, Tu estás aqui, como uma montanha na terra. Se o indivíduo que considera a Ti como não tendo forma quer ainda ver-te, ele é como alguém a vagar pelo mundo tentando ver o espaço. Meditando sem pensamento em teu Ser sem forma, minha forma se dissolve como um boneco de sal lançado ao mar. E quando percebo quem eu sou, que existência tenho eu à parte de Ti, oh, Tu, que te ergues como a poderosa Montanha Aruna?"
Ramana Maharshi