Querida mamãe, filhos e netos
Estamos no Central Court Hotel, no centro de Delhi –
depois de uma viagem demorada, com atraso por causa da neve em Nova York.
A chegada à Índia foi cansativa, com permanência de
algumas horas em Frankfurt.
De início visualizamos um acampamento de pastores de
búfalos ao lado do Red Fort . Ali o ser humano é da cor do búfalo e se veste
também com roupas de um preto acinzentado, triste, pobre e sem cor. Lá dentro
do Forte, a beleza tranqüila feita em tempos antigos, onde pudemos fotografar
semelhanças com as decorações nossas do barroco. O barroco também nas sacadas e
ruelas de Old Delhi, um pouco das origens de Ouro Preto na Índia.
Saímos com máquina à tiracolo, vendo detalhes
através das lentes da Pentax. Havia greve no dia, os restaurantes estavam
fechados, mas nas ruas o povo se atropelava à pé, de charrete, rickshaw – taxi,
aquela vida intensiva e barulhenta da
Índia.
O movimento, a cor e o som caracterizam estas
aglomerações não só da cidade antiga como da nova. À noite, luzes e sons
novamente. Já não são aqueles que vimos no Red Fort quando chegamos, espetáculo
turístico sobre a história da Índia – onde a gente sente o impacto das
conquistas, das construções de mesquitas, das festas reais, dos haréns e
jardins coloridos.
Agora o colorido é nas ruas à noite, devido à um
casamento. Guardas vestidos de vermelho, banda de música, tablas, tambores,
cornetas, homens dançando com outros homens, mulheres seguindo o cortejo
vestidas de sáris fosforescentes – o noivo sobre um cavalo coberto com
pedrarias.
Em Delhi os casamentos começam na rua e continuam
nas barracas cobertas com tapetes persas e iluminadas com lâmpadas coloridas.
Ficamos paradas observando e acabamos também sendo
convidadas para a festa, tendo de comer com pimenta um prato enorme cheio de
variedades. E beber laranjada com sal.
Estou revendo coisas, observando fatos, anotando,
relembrando.
Os estudos das origens do barroco continuam de pé.
Hoje vamos nos encontrar com Fernando e Lucia Machado de Almeida e traçaremos
juntos o roteiro da viagem. Talvez iremos seguir de trem via Agra, Jaipur,
Mount Abul, Bombaim, Goa, Bangalore e Madras.
Ferola e Cláudia estão muito amigos. Observamos
juntos as belezas da Índia.
Abraços saudosos,
Helena.
*Fotos de arquivo e da internet
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