Mamãe querida,
Descobri que a gente, quando tem energia, não pode
ficar à toa, tem de trabalhar, senão endoidece. É o que eu estou fazendo, laborterapia.
Trabalho feito com amor, dentro de um campo que a gente goste – Deixar que Deus
mostre o caminho e Ele, um dia, nos mostrará claramente.
Meu caminho é
continuar o que já comecei há 8 anos atrás. Aprofundar o livro “Os caminhos da Arte”. Primeiro foi feita a
síntese, recebida de inspiração, numa madrugada. Juntei arte, religião,
ecologia, educação, psicologia. Fiz o que pude dentro de minhas limitações, e
já ouvi dizer que o livro tem sido proveitoso para muita gente.
Agora estou
aprofundando a parte de educação no Oriente. A vinda para a Índia foi
inspirada. Tive um convite para lecionar na melhor escola de arte da Índia.
Chama-se Kalakshetra. É uma escola fundada há 44 anos atrás por uma senhora
chamada Rukmini Devi. Ela deve ter 75 anos de idade e dirige a escola.
Convidou-me para dar um curso lá em janeiro e fevereiro. Este curso é
importantíssimo para a minha pesquisa e não posso perder a oportunidade.
Minha pesquisa vai se transformar em artigo de
jornal. É o jeito de tornar mais conhecido este lado de cá.
Aqui na comunidade
onde eu estou, acordo cedo, vou de bicicleta até a praia, tomo meu chá e trago
o mingau para Eliana na marmita. Estamos no alojamento de estudantes porque é
mais barato. Já me acostumei a morar apertado, sem conforto. Simplificar a
vida. Hoje dei uma aula de arte para 25 crianças pobres sustentadas pela
Sociedade Teosófica. Deliraram. Primeiro imitamos os bichos da Índia, depois
desenharam.
Mamãe, sua filha virou diplomata. O meu trabalho não
é só pesquisa, mas é também relações internacionais. O mundo precisa se
conhecer melhor e estamos aqui para levar ao Brasil um pouco da Índia e trazer
um pouco do Brasil para a Índia.
Se você estiver melhor, poderia vir também, quem
sabe?
No Brasil combinaremos,
Um abraço saudoso da
Helena.
*Fotos de
arquivo e da internet
VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG “MINHA VIDA DE
ARTISTA”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
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