A inquietação da arte atual, os vários caminhos
propostos, quando bem conduzidos, virão enriquecer e não confundir a linguagem
artística do homem moderno. Porque esta linguagem baseia-se no respeito à
personalidade e no aproveitamento de todas as formas vivas de criação. Hoje os
recursos são muito maiores, a técnica, a eletrônica, oferecem campo imenso à
arte. Mas os recursos da eletrônica e da técnica não conseguiram abafar as
outras vozes que ainda continuam a dar o seu testemunho, nesse amplo e variadíssimo
cenário da arte contemporânea. A Bienal de Paris, exposição de jovens, que
significa apoio a toda e qualquer mudança, soube compreender isto através da
formação de grupos.
Da contribuição francesa à Bienal de Paris pode-se
tomar consciência desta proposta ao mundo.
Havendo grupos e lugar para todas as tendências, há
também a possibilidade de uma afirmação, de um aprofundamento maior de cada
setor de arte.
Esses indicarão melhor ao jovem o seu caminho do que
a dispersão total depois de um estágio de estandartização vindo de fora. No
futuro, se isto se der, o artista será julgado ao lado de outros artistas com
as mesmas possibilidades. É necessário, para o benefício da arte e para a sua
sobrevivência, que esses grupos se formem. Porque a arte
contemporânea, com o avanço da psicologia e a compreensão mais profunda do
ensino de arte, não poderá ter senão um caminho: o respeito à personalidade de
cada artista e o incentivo à criação. Paris, centro de arte desde o passado,
continua no presente a conscientizar o mundo das novas e múltiplas direções
propostas à arte.
LUZ E MOVIMENTO
Na exposição de luz e movimento, realizada no Museu
de Arte Moderna e da qual faz parte um brasileiro, Sérgio Camargo, a
inventividade domina todos os setores. Há o jogo de espelhos em que a imagem do
espectador é refletida em inúmeros retratinhos coloridos em todas as posições.
Há corredores estreitos, com formas iluminadas ao fundo, dentro de ambientes
escuros, há caleidoscópios, cinemas, projeções coloridas, seguidas de música.
Atualmente, em Inhotim, um grande caleidoscópio, de
autoria do artista Olafur Eliasson,
multiplica as imagens do espectador, incentivando o lúdico.
O mundo das invenções modernas deixa o seu caráter
utilitário para se integrar à arte, nas pesquisas mais avançadas. Arte e
técnica, eletricidade, sons, música, luzes: a arte e a engenharia se encontram
para transmitir ao mundo novas ideias e novos recursos no campo estético.
*Fotos da internet
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ARTISTA”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
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