Meu primeiro contato com os ensinamentos de
Krishnamurti aconteceu em 1973.
Comprei um livro no aeroporto de Belo Horizonte
e segui viagem para Brasília. Li durante a viagem e durante toda a noite, não
conseguia parar. Só terminei quando o sol se levantou.
A partir daquela experiência, minha vida tomou uma
direção completamente diferente.
A força de suas palavras derrubou antigos conceitos.
Desde aquela época comecei a perceber que o grande
mestre era a minha própria vida, não havia mais necessidade de me filiar a
organizações ou grupos espiritualistas.
Naquela ocasião, eu me defrontava com uma série de
experiências extra-sensoriais e uma delas definiu o meu caminho.
Era noite de lua cheia. Estava num estado de quase
vigília, num estado transpessoal. Sentia muita sede, via a claridade da lua
batendo sobre o copo d’água à minha frente, mas algo me colocava imóvel, na
cama.
Quatro instrutores me apareceram. O primeiro me deu
o seguinte ensinamento: “A melhor maneira para você matar a sua sede é praticar
estes exercícios de yoga”. Pratiquei-os e continuei com sede.
Então outro se aproximou e me ensinou uma dieta
especial. Pratiquei também este ensinamento e continuei com sede.
Em seguida um terceiro deu-me instruções sobre determinadas
regras de conduta e, apesar de praticá-las, continuei com sede.
O quarto ensinou-me respirações adequadas, mas o
resultado foi o mesmo.
Então, levantei-me de um salto, peguei o copo d’água
e o bebi. Neste instante, uma voz interna me falou: “Seu caminho é direto”.
As madrugadas me traziam novas experiências e numa
delas recebi um toque no chacra entre as sobrancelhas e no alto da cabeça. Um
estado de Ananda (paz interior) me invadiu. Foi quando eu pude compreender as
palavras de São Paulo: “Já não sou eu quem vive, é o Cristo que vive em mim.” Meu
arquétipo da divindade preparou o caminho para a realização do Deus impessoal,
ou a união com o imensurável. Para isso eu teria de entregar o Cristo Interno.
Esta experiência não pode ser descrita mas foi a porta de entrada para o meu
dharma (missão) de estudos, experiências e viagens.
Todos os mestres me ajudaram e a eles agradeço as
instruções e as setas indicando o caminho.
Só assim poderei seguir viagem em direção à Essência
de onde vim e para onde retornarei.
*Fotos de Maria Helena Andrés
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ARTISTA”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
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