terça-feira, 9 de agosto de 2016

UMA EXPERIÊNCIA TRANSCENDENTAL

Meu primeiro contato com os ensinamentos de Krishnamurti aconteceu em 1973. 

Comprei um livro no aeroporto de Belo Horizonte e segui viagem para Brasília. Li durante a viagem e durante toda a noite, não conseguia parar. Só terminei quando o sol se levantou.

A partir daquela experiência, minha vida tomou uma direção completamente diferente.
A força de suas palavras derrubou antigos conceitos.

Desde aquela época comecei a perceber que o grande mestre era a minha própria vida, não havia mais necessidade de me filiar a organizações ou grupos espiritualistas.

Naquela ocasião, eu me defrontava com uma série de experiências extra-sensoriais e uma delas definiu o meu caminho.
Era noite de lua cheia. Estava num estado de quase vigília, num estado transpessoal. Sentia muita sede, via a claridade da lua batendo sobre o copo d’água à minha frente, mas algo me colocava imóvel, na cama.
Quatro instrutores me apareceram. O primeiro me deu o seguinte ensinamento: “A melhor maneira para você matar a sua sede é praticar estes exercícios de yoga”. Pratiquei-os e continuei com sede.
Então outro se aproximou e me ensinou uma dieta especial. Pratiquei também este ensinamento e continuei com sede.
Em seguida um terceiro deu-me instruções sobre determinadas regras de conduta e, apesar de praticá-las, continuei com sede.
O quarto ensinou-me respirações adequadas, mas o resultado foi o mesmo.
Então, levantei-me de um salto, peguei o copo d’água e o bebi. Neste instante, uma voz interna me falou: “Seu caminho é direto”.

As madrugadas me traziam novas experiências e numa delas recebi um toque no chacra entre as sobrancelhas e no alto da cabeça. Um estado de Ananda (paz interior) me invadiu. Foi quando eu pude compreender as palavras de São Paulo: “Já não sou eu quem vive, é o Cristo que vive em mim.” Meu arquétipo da divindade preparou o caminho para a realização do Deus impessoal, ou a união com o imensurável. Para isso eu teria de entregar o Cristo Interno. Esta experiência não pode ser descrita mas foi a porta de entrada para o meu dharma (missão) de estudos, experiências e viagens.

Todos os mestres me ajudaram e a eles agradeço as instruções e as setas indicando o caminho.

Mas meu caminho teve de ser percorrido com meus próprios recursos e minhas próprias limitações.

Só assim poderei seguir viagem em direção à Essência de onde vim e para onde retornarei.

*Fotos de Maria Helena Andrés


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