Existem escolas de arquitetura na Índia
especialmente dedicadas à construção de templos, daí a harmoniosa conjugação de
elementos arquitetônicos com elementos das artes plásticas, do desenho, da
pintura, cerâmica e escultura.
As esculturas não são colocadas à posteriori, mas
fazem parte integrante do conjunto. Ali o espaço interno se harmoniza com o
espaço externo. Deuses coloridos, esculpidos entre frutos, animais e flores,
observam as ruas movimentadas , onde grupos humanos também se misturam com
flores, frutos e animais.
Lá dentro, um elefante abençoa as pessoas com a
tromba. Fizemos fila e recebemos a benção. Uma experiência bem fora do comum.
Do lado de fora, um bando de macacos disputa os pedaços de Chapati ou idli que
sobram dos pratos. Agarram-se às grades da janela e ficam esperando que seja
jogada alguma sobra de comida para eles...
As construções na Índia dão muita importância aos
espaços internos e externos. Há sempre jardins com árvores ladeando os ashrams,
templos, escolas ou edifícios públicos. Pode-se ver as construções à distância,
porque existe espaço entre elas.
Recuando para o pequeno muro de pedra, pode-se
ver o ashram com suas palmeiras em frente, e pavões coloridos tranquilamente
sentados em cima dos telhados. As vacas atravessam as ruas em passo vagaroso e
os carros param para deixá-las passar.
“Please, horn”
(Por favor, buzine). A buzina também faz parte do burburinho
da Índia.
Dentro dos ashrams, pés descalços e silêncio. Este
silêncio é necessário para entrarmos em nosso espaço interno.(Trecho de meu
diário de viagem, 1990)
*Fotos da internet
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ARTISTA”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.
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